O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou queda de 0,64% em setembro, depois de avanço de 0,66% no mês anterior, com os preços do minério de ferro voltando a despencar.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.
O resultado divulgado nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) levou o IGP-M a acumular em 12 meses alta de 24,86%, e a queda no mês foi mais intensa do que a de 0,42% esperada em pesquisa da Reuters.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, caiu 1,21% em setembro, contra alta de 0,66% no mês anterior.
Essa leitura foi reflexo da deflação de 5,74% das Matérias-Primas Brutas neste mês, ante recuo de 1,64% em agosto, com os preços do minério de ferro acelerando suas perdas a 21,74%, de 15,32% no mês anterior.
“Foi a principal contribuição para o resultado do índice” geral, disse André Braz, coordenador dos índices de preços, sobre o comportamento da commodity. “Sem o minério de ferro, o IGP-M teria registrado alta de 2,37% em agosto e de 1,21% em setembro.”
No varejo, a pressão ganhou força, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, acelerando a alta a 1,19% em setembro, de 0,75% em agosto.
A principal contribuição para esse resultado partiu do grupo Habitação, que acelerou a alta a 2,00% neste mês, ante 1,05%. Os preços da tarifa de eletricidade residencial avançaram 5,75% em setembro, contra taxa de 3,26% em agosto.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, teve alta de 0,56% no período, mesma taxa registrada em agosto.
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