Os ativos brasileiros negociados nos mercados externos despencavam na manhã desta quinta-feira, replicando a má reação doméstica na reta final da sessão anterior a declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre despesas fora do teto de gastos.
As negociações no Brasil já foram iniciadas nesta quinta e viam o dólar disparar acima de R$ 5,67 reais e os juros futuros saltarem 60 pontos-base.
Contratos de real transacionados na Bolsa Mercantil de Chicago (CME) caíam 2,1%, com US$ 1 valendo R$ 5,6721. Em Paris, um ETF que acompanha o Ibovespa desabava 5,2%, maior queda desde março. No pré-mercado em Nova York, o iShares MSCI Brazil ETF caía 3,8%.
Os preços no Brasil já haviam mostrado sinais de estresse no fim da sessão de quarta, após o ministro Paulo Guedes dizer que o governo avalia se o benefício temporário que irá vitaminar o novo Bolsa Família será pago fora do teto, o que demandaria uma licença para um gasto de cerca de R$ 30 bilhões, ou se haverá opção por uma mudança na regra constitucional do teto de gastos para acomodá-lo.
O dólar spot fechou longe das mínimas do dia, e o dólar futuro voltou a superar os R$ 5,60 na quarta –nesta quinta saltou acima de R$ 5,68. O Ibovespa também fechou a uma distância da máxima da sessão.
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