O presidente do Banco Central, Roberto Campos, afirmou nesta sexta-feira (26) que o BC tem estudado o tema da poupança e tem “obviamente” vontade de fazer mudanças, mas pontuou que isso tem que acontecer de forma faseada e bastante lenta para não criar ruptura no financiamento.
Em evento virtual com empresas do mercado imobiliário promovido pelo Secovi-SP, ele disse concordar que em algum momento seria preciso pensar em fórmula de poupança que fosse mais “hedgeável” e casada com destinação dos recursos.
“É coisa que a gente tem olhado”, afirmou ele, ressalvando que o tema provavelmente demandará a realização de consulta pública.
Ainda sobre o assunto, Campos Neto esclareceu que quando o BC comunicou preocupação com o “lower bound” –em referência à existência de um limite mínimo para os juros– se referia à fuga de recursos para a poupança com a Selic em patamares baixos.
“Nosso debate lower bound não era sobre política monetária, a gente estava preocupado com migração muito excessiva para poupança e engarrafamento que isso podia causar”, disse ele.
Agora, num quadro de subida dos juros básicos, a preocupação é com a migração contrária, pontuou ele, acrescentando que o BC irá discutir o impacto dos juros altos para o crédito imobiliário em reunião com CEOs de bancos nesta sexta.
Veja também
- Projeções para a bolsa em 2022 servem para alguma coisa?
- Poupança terá nova rentabilidade com Selic acima de 8,5% ao ano; entenda
- O que vem depois da reserva de emergência?
- Como investir em dólar: veja 5 maneiras de aplicar na moeda dos EUA
- Pesquisa aponta os melhores horários para comprar na Black Friday
- Banco Pan e Banco Inter vão continuar subindo mais que Itaú e Bradesco?