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Economia

Brasil tem 3,4 milhões de pessoas desempregadas há 2 anos ou mais, diz IBGE

Número representa 29% do total de 11,949 milhões de desempregados existentes no período. Amapá foi o único ente federativo com queda na taxa de desemprego.

Mulher coloca currículo em caixa no centro de São Paulo
Mulher coloca currículo em caixa no centro de São Paulo 06/10/2020 REUTERS/Amanda Perobelli

O Brasil tinha quase 3,5 milhões de pessoas em situação de desemprego de mais longo prazo, ou seja, em busca de um trabalho há pelo menos dois anos, no primeiro trimestre deste ano. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Se considerados todos que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente em situação de desemprego de longa duração sobe a 5,009 milhões.

Um total de 3,463 milhões tentava uma oportunidade de trabalho há dois anos ou mais, o equivalente a 29% do total de 11,949 milhões de desempregados existentes no período.

Outros 1,546 milhão buscavam emprego há pelo menos um ano, porém menos de dois anos, 12,9% do total de desocupados.

Mais 4,879 milhões de brasileiros procuravam trabalho há mais de um mês, mas menos de um ano, 40,8% do total de desempregados, e 2,060 milhões tentavam uma vaga há menos de um mês, 17,2% do total.

Taxa composta de subutilização da força de trabalho

Ainda de acordo com o IBGE, no primeiro trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi mais elevada nos Estados do Piauí (43,9%), Sergipe (38,6%) e Alagoas (38,6%).

Os menores resultados ocorreram em Santa Catarina (8,3%), Mato Grosso (11,3%) e Paraná (14,0%). Na média nacional, a taxa de subutilização foi de 23,2% no primeiro trimestre.

Desalento

Segundo o IBGE, entre os 4,6 milhões de desalentados do País, a Bahia concentrava o maior número: 648 mil desalentados, ou 14,1% do contingente nacional.

Informalidade

O instituto informou ainda que, entre os que trabalhavam, a taxa de informalidade alcançava 40,1% da população ocupada no primeiro trimestre.

As maiores taxas de informalidade foram as do Pará (62,9%), Maranhão (59,7%) e Amazonas (58,1%).

Os menores resultados foram registrados em Santa Catarina (27,7%), Distrito Federal (30,3%) e São Paulo (30,5%).

Taxa de desemprego

A taxa de desemprego foi considerada estatisticamente estável em 26 das 27 unidades da Federação na passagem do quarto trimestre de 2021 para o primeiro trimestre de 2022, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A única queda considerada estatisticamente significativa (que supera o intervalo da margem de erro da pesquisa, segundo o IBGE) ocorreu no Amapá, -3,3 pontos porcentuais, de 17,5% no quarto trimestre de 2021 para 14,2% no primeiro trimestre de 2022. A taxa de desemprego no Estado de São Paulo passou de 11,1% para 10,8% no período.

No primeiro trimestre, as maiores taxas de desocupação foram as da Bahia (17,6%), Pernambuco (17,0%) e Rio de Janeiro (14,9%). Os menores resultados foram registrados em Santa Catarina (4,5%), Mato Grosso (5,3%) e Mato Grosso do Sul (6,5%).

Na média nacional, a taxa de desemprego foi de 11,1% no primeiro trimestre, mesmo resultado do último trimestre de 2021.

Apesar da melhora no mercado de trabalho, o desemprego entre as mulheres permanecia consideravelmente mais elevado do que entre os homens no país no primeiro trimestre de 2022, segundo os dados da Pnad Contínua. A taxa de desemprego foi de 9,1% para os homens no primeiro trimestre, ante um resultado de 13,7% para as mulheres.

Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 8,9%, muito aquém do resultado para os pretos (13,3%) e pardos (12,9%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 18,3%, mais que o triplo do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 5,6%.

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