Quase três décadas após cunhar o termo ETF, o Morgan Stanley finalmente entrará no mercado de US$ 6,9 trilhões de fundos de índices com produtos próprios.
O banco chefiado por James Gorman entrou com pedido para quatro fundos ligados a ESG, que seguirão ações dos EUA e de outros países, de acordo com documento de terça-feira (16) para os reguladores americanos. O pedido chega meses depois que o Morgan Stanley revelou planos para criar uma plataforma dedicada a ETFs em um memorando interno.
Os lançamentos planejados pelo Morgan Stanley são os mais recentes dentre um movimento de investimentos gigantes na indústria de ETFs, que inclui nomes como Capital Group e Neuberger Berman. Dado que o braço de gestão de ativos do banco tem US$ 1,4 trilhão sob custódia, o anúncio do Morgan Stanley terá um impacto especial, segundo a Bloomberg Intelligence.
“Há um novo emissor a cada mês, praticamente, mas o Morgan Stanley é uma casa de peso”, disse o analista sênior de ETF da BI, Eric Balchunas. “Qualquer coisa que eles fizerem neste espaço será interessante.”
Um porta-voz do Morgan Stanley não quis comentar sobre o assunto, citando questões regulatórias.
Embora os fundos sejam os primeiros ETFs contemporâneos do Morgan Stanley, a instituição tem uma longa história com a indústria de fundos. O banco foi o berço para alguns dos primeiros ETFs do mundo na década de 1990, onde Bob Tull, então vice-presidente do banco, junto de uma equipe de advogados criaram o termo ETF.
A influência do banco no setor não parou por aí. Em 1996, o banco recebeu aprovação regulatória para lançar 17 ETFs conhecidos como World Equity Benchmarks (WEBS), tendo o Barclays como gestor do fundo. Mais tarde, o Barclays comprou a WEBS e renomeou os produtos como “iShares”, e o negócio foi vendido para a BlackRock em 2009.
A BlackRock é, hoje, o maior emissor de ETFs do mundo, graças, em grande parte, aos iShares.
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