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Finanças

Morning Call: Credit Suisse preocupa mercados com juros globais elevados

As preocupações com a solidez do Credit Suisse fez os investidores especularem sobre a capacidade da instituição passar por período de juros mais altos e reestruturação enquanto o preço do seu CDS sobe a níveis próximos aos da crise de 2008.

A semana começa com os mercados asiáticos com desempenho majoritariamente em queda em uma segunda feira com feriados na China e Coreia do Sul, reduzindo a liquidez das bolsas internacionais. No encerramento do pregão o índice Taiex teve queda de 0,92%, o indiano BSE registrou recuo de 1,11%, Hang Seng fechou em baixa de 0,83% enquanto o índice japonês Nikkei foi a exceção com alta de 1,03% puxado por empresas de energia.

Na Europa os principais índices operavam mistos no começo desta segunda-feira (03) com a divulgação do Índice de Gerentes de Compra (PMI) de alguns países europeus. O PMI industrial alemão teve recuo dos 49,1 pontos para 47,8, abaixo dos 48,3 esperados para setembro. O PMI industrial da zona do Euro também caiu dos 49,6 pontos para 48,4, também abaixo do consenso de 48,5 para setembro. E o PMI do Reino Unido teve queda dos 47,3 pontos para 48,4, também abaixo dos 48,5 de projeção.

O índice alemão DAX tinha quedas de 0,47%, o britânico FTSE caía 0,66%, o francês CAC recuava 0,78% enquanto o Euro Stoxx avançava 0,14%.

Os investidores europeus e globais acompanham de perto os novos capítulos da história envolvendo o Credit Suisse, uma das maiores instituições financeiras da europa, que, de acordo com seu CEO em pronunciamento, está passando por um momento crítico. O mercado se preocupa que o banco não consiga se manter com a elevação do custo do dinheiro pelo mundo por conta da alta de juros somados aos recentes resultados negativos do banco, que poderiam forçar a instituição a cortar gastos e empregos de forma radical. Um dos assuntos mais comentados no Twitter durante o final de semana foi justamente o Credit Suisse e a alta do seu Credit Default Swap (CDS), uma espécie de seguro contra o risco de crédito de um emissor em particular, subir a níveis próximos ao registrado no período da crise financeira de 2008.

Futuros nos EUA se mantêm positivos antes de discursos do Fed

Os contratos futuros dos principais índices dos EUA conseguem se manter em terreno positivo no começo desta segunda-feira (03) aguardando discursos de autoridades do Fed como Barkin (12:45), Mann (12:45), George (15:15) e Bostic (19:45). A postura dos integrantes do banco central dos EUA não deve demonstrar uma mudança de postura em relação ao ritmo de juros e o modo de enfrentar a inflação, mas pode dar pistas da visão atualizada do Fed em relação aos dados que vêm sendo divulgados dos EUA e também no bloco europeu.

No começo do dia o Dow Jones futuro subia 0,53%, o S&P 500 avançava 0,37% e o Nasdaq oscilava entre ganhos e perdas como a leve alta de 0,03% registrada.

Brasil hoje: Focus, IPC-S e segundo turno

Na divulgação da edição do último relatório Focus pelo Banco Central, as projeções para a inflação para setembro caíram de -0,15% para -0,19%, para outubro caíram de 0,37% para 0,34% e novembro caíram de 0,50% para 0,46%. A projeção da inflação anualizada em 12 meses para o fim de 2022 caiu de 5,88% para 5,74% enquanto as expectativas para o PIB do ano cresceram de 2,67% para 2,70% e para 2023 subiram de 0,50% para 0,53%.

Após registrar dois meses de deflação, o IPC-S, índice de inflação semanal, teve uma alta de 0,02% em setembro, acumulando uma alta em 12 meses de 5,13%. A contribuição para a alta veio de Educação, Leitura e Recreação com alta de 4,36% e Habitação com alta de 0,40%. Em relação à queda, o destaque foi para Alimentação com -0,29%.

E nas próximas semanas a volatilidade deve persistir no mercado brasileiro sem uma definição para o pleito presidencial no domingo (02). Com a tendência de debates mais diretos focando no segundo turno, podemos passar por um período reações à declarações em relação ao rumo da economia e postura fiscal de ambos os candidatos além de possíveis detalhes sobre a equipe econômica, que tende a permanecer como a atual para Bolsonaro (PL) mas ainda sem grandes detalhes para Lula (PT).

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