Este ano havia sidi ótimo para os bilionários das criptomoedas — até esta semana. O cerco da SEC contra a Binance, maior plataforma de ativos digitais do mundo, e a Coinbase, maior bolsa cripto no país, derrubou o otimismo que impulsionou a forte recuperação do setor após a derrocada de 2022.
O CEO da Binance, Changpeng Zhao, viu sua fortuna encolher em US$ 1,4 bilhão, para US$ 26 bilhões, nos últimos dois dias, enquanto o chefe da Coinbase, Brian Armstrong, ficou US$ 361 milhões menos rico, com um patrimônio de US$ 2,2 bilhões, segundo dados da Bloomberg.
A SEC, regulador dos mercados nos EUA, processou ambas as bolsas por supostamente violarem regras de valores mobiliários, puxando para baixo ações de várias empresas vinculadas a criptomoedas e tokens.
Este ano até sexta-feira, as fortunas dos dois executivos haviam dado um salto de US$ 15,4 bilhões com a recuperação do bitcoin e de outros ativos digitais. A fortuna de Zhao aumentou 117% antes da queda desta semana, enquanto a de Armstrong cresceu 61%.
O bitcoin (BTC) foi impulsionado por expectativas de que a crise bancária americana que eclodiu em março forçaria o Federal Reserve a fazer uma pausa nos aumentos de juros, e os entusiastas argumentam que o token pode ganhar com juros reais mais baixos e oferecer proteção contra turbulências no setor de finanças tradicionais.
Isso pode não importar se os reguladores dos EUA tornarem mais difícil para as empresas do setor operarem e para os americanos negociarem com criptomoedas.
Em uma ação movida na segunda-feira, a SEC alegou que a Binance e Zhao enganaram investidores e reguladores, administraram mal fundos de clientes e quebraram regras de valores mobiliários. Zhao, de 46 anos, foi cofundador da bolsa em 2017 e a transformou em uma gigante global. Sua fortuna pessoal também cresceu, atingindo US$ 96,9 bilhões em janeiro de 2022.
A SEC processou a Coinbase na terça-feira, fazendo com que sua ação caísse 12%. Na ação de 101 páginas, a SEC não acusou Armstrong de qualquer irregularidade, mas alegou que a empresa driblou as regras da SEC ao permitir que os usuários negociassem tokens que na verdade eram valores mobiliários não registrados.
Armstrong possui 16% da empresa que fundou por meio de vários fundos e participações diretas. Ele também é um vendedor frequente de ação da Coinbase e desovou cerca de US$ 27 milhões até agora este ano.
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