O fundo Verde, de Luis Stuhlberger, enxerga espaço para o mercado acionário brasileiro estender seu desempenho positivo após os ganhos recentes — na esteira de revisões altistas para atividade econômica, evolução do arcabouço fiscal e expectativa de queda da taxa básica de juros.
O mercado “mais atrasado” na redução de prêmio de risco brasileiro “finalmente” começou a performar bem, disse o fundo, em carta a cotistas, citando a alta do índice Ibovespa em maio e no início de junho.
“Acreditamos que as ações têm espaço para continuar performando bem, e o fundo tem mantido em torno de 20% alocado ao mercado local.”
Ainda que os 20% sejam inferiores à média histórica do fundo flagship da Verde Asset Management, a gestora citou o andamento do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados e o crescimento do PIB mais forte do que o esperado no primeiro trimestre como pontos positivos. Esse cenário, aliado à surpresa baixista da inflação, fornece as condições para uma flexibilização monetária no segundo semestre, segundo a Verde.
“Os contornos estão bem estabelecidos para o início do ciclo de corte de juros (provavelmente) em agosto,” disse o fundo.
A Verde Asset Management, uma das maiores gestoras independentes do Brasil, tem cerca de R$ 27 bilhões sob gestão. O fundo Verde subiu 0,89% em maio, impulsionado por ganhos com posições em ações no Brasil e operações no mercado de juro nos Estados Unidos. O CDI avançou 1,12% no mesmo período.
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