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Análise

Morning Call: semana com menos balanços e mais política

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global

As bolsas americanas continuam reagindo bem aos resultados dos 2º trimestre e ao resultados da inflação de julho e pedidos inicias por seguro desemprego mais alinhados com as expectativas do mercado.

Nessa segunda feira, as bolsas asiáticas, em sua maioria, tem um dia de queda ainda repercutindo os dados econômicos da China divulgados no domingo que vieram abaixo do esperado com um aumento de 8,5% nas vendas no varejo em julho de 2021 na comparação com o mesmo mês de 2020, quando a expectativa era de um crescimento de 11,5%. A produção industrial teve uma alta de 6,4% em julho na comparação com o mesmo período de 2020 contra 7,8% de expectativa de mercado. Com isso, a bolsa de Shanghai tem leve alta de 0,03%, Hang Seng tem queda de 0,80%, o índice Nikkei apresenta queda de 1,62% e a bolsa da Coreia do Sul não tem negociações hoje devido ao feriado do Dia da Liberação.

O mercado europeu também inicia a semana com quedas, influenciado pelo desempenho das bolsas asiáticas já em horário de pregão. O índice DAX tem queda de 0,39%, FTSE queda de 0,95%, CAC com queda de 0,86%, IBEX em queda de 0,66% e Euro Stoxx com queda de 0,61%.

Com a maioria dos mercados em um dia de correção e cautela dos investidores, as commodities apresentam o mesmo comportamento com Ouro: -0,12%, Petróleo Brent: -1,49%, Petróleo WTI: -1,66%, Bitcoin: +3,29% enquanto o índice VIX, que mede a volatilidade nas opções de ações do S&P 500 e é conhecido como “Indicador do Medo” de mercado, reforça essa cautela maior com alta de 9,07%. O petróleo se destaca pelo desempenho negativo após o anúncio do avanço do Taliban em assumir o controle do Afeganistão e do palácio presidencial em Cabul, o que pode interferir na produção da petróleo do país.

Cenário no Brasil

Após uma semana intensa com uma bateria de balanços divulgados, que continuam nessa semana, a bolsa brasileira teve um desempenho descolado das bolsas internacionais que aproveitaram seus bons números divulgados para continuar em suas tendências de alta. Por aqui, apesar do grande número de empresas que apresentaram bom desempenho no 2º trimestre do ano, houve uma contaminação do risco político e fiscal causada por preocupações com a forma de financiamento do programa Auxílio Brasil, que deve ter um valor superior ao Bolsa Família, e o impasse com a proposta de parcelamento dos precatórios.

Esse aumento do risco de médio e longo prazo associado à notícia do reajuste do preço da gasolina, que deve pressionar o IPCA, fez a curva de juros futuros subir e o dólar encerrar a semana na região dos R$ 5,26.

Ibovespa

O índice continua em sua tendência de queda no curto prazo e pode seguir em rumo a região dos 118 mil pontos, que representa um suporte importante.

Durante a semana, apesar do fim da temporada de balanços, podemos ter volatilidade em nossa bolsa devido ao ruído político, que continua presente afastando investidores, e ao fato da Petrobrás ter uma exposição a variação dos preços do petróleo, justamente um mercado que deve passar por uma semana conturbada após os eventos envolvendo o Afeganistão.

Fonte: TradingView

Indicadores e eventos

  • Brasil: Boletim Focus, IPC-S da segunda quadrissemana e balanços de Ambipar e Ânima, antes da abertura; e de Cruzeiro do Sul e IRB Brasil, após o fechamento do mercado;
  • EUA: Índice de atividade industrial Empire State em agosto;

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