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Análise

Morning Call: tensões entre China e EUA fazem bolsas caírem

Mercados reagem à falas contrárias da China em relação a possível visita política dos EUA a Taiwan.

eua e china
China diz que vai prorrogar isenção de tarifas para algumas importações dos EUA April 14, 2021. REUTERS/Aly Song/File Photo

Possível visita de presidente da Câmara dos EUA acirra tensões na Ásia

Os mercados asiáticos encerraram o pregão com quedas em meio a possível visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos EUA, a Taiwan. O país asiático, que é uma ilha democrática protegida pelos EUA, é tratado como uma província rebelde pela China que já alertou pelo Ministério das Relações Exteriores de Pequim que as forças armadas do país “não ficarão só olhando “.

Apesar da visita não ter sido confirmada na agenda oficial, ela é considerada como provável após a visita de Pelosi a Singapura na segunda feira (1). Esse aumento de tensões foi o suficiente para que os principais índices asiáticos fechassem em queda como o índice de Shanhgai (China): -2,26%, Nikkei (Japão): -1,42%, Hang Seng (Hong Kong): -2,36%, Taiwan: -1,56% e Kospi (Coreia do Sul): -0,52%.

Os mercados europeus, que operavam entre leves ganhos e quedas, acabaram ficando mais pessimistas enquanto a temporada de balanços continua por lá em um clima de aversão global ao risco. O índice DAX (Alemanha) trabalha em queda de 0,96%, o FTSE (Reino Unido): -0,12%, CAC (França): -0,80% e o índice Euro Stoxx: -1,04%.

Copom começa a reunião para decidir Selic e queda em mais um índice de preços

A temporada de balanços continua com divulgações de empresas como Cielo (CIEL3), Copasa (CSMG3), JSL (JSLG3), Iguatemi (IGTA3) e Engie do Brasil (EGIE3).

Começa hoje o primeiro dia de reunião Copom, Comitê de Política Monetária, que divulga a nova taxa Selic no final da quarta feira (3). A expectativa do mercado é de um aumento de 0,50 ponto percentual elevando a taxa de juros de 13,25% para 13,75%.

Anteriormente, sem sinais claros de desaceleração da inflação, o mercado projetava uma Selic máxima de 14,25% porém com os recentes índices de preços mostrando uma desaceleração da inflação por conta dos preços mais estáveis do petróleo e corte do ICMS sobre combustíveis, o Copom pode escolher por reduzir a taxa máxima e deixá-la vigente por mais tempo. Dentre os índices como o IPCA-15, IGP-M e IPC-S que indicaram essa desaceleração, o mais recente é o IPC-Fipe, que mede a inflação em São Paulo, passou de 0,28% em junho para 0,16% em julho em dado divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) hoje.

Ibov pode enfrentar resistência aos 104 mil pontos

O índice vem de 2 semanas de alta mas pode encontrar dificuldades em superar os 104 mil pontos, justamente onde está a média móvel de 200 semanas e que o clima de aversão ao risco nos mercados globais pode aumentar essa dificuldade.

Fonte: TradingView

Agenda do dia

05:00BRAIPC-Fipe de julho: +0,16%
08:00BRABalanço de GetNet
09:00BRAReunião do Copom
09:00BRAProdução Industrial de junho
11:00EUADiscurso do Pres. do Fed de Chicago, Evans
11:00EUARelatório JOLTS de junho
17:30EUAEstoques API de petróleo
18:00BRABalanços de JSL, Engie, Cielo, Iguatemi
19:45EUADiscurso de membro do FOMC, Ballard.

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