Com bem menos tempo do que a Netflix no setor de streaming, a Disney já a ultrapassou em número de assinantes. Em seu último balanço, a gigante de entretenimento e parques reportou 221 milhões de usuários. O que representa um acréscimo de 14,4 milhões de clientes, pouco mais de 4 milhões a mais do que o mercado projetava. Já a Netflix (NFLX34) encerrou o segundo tri mestre com 220,7 milhões de assinantes. Uma diferença até que pequena, mas a questão é o tempo que levou para a Disney chegar neste patamar.
Para os próximos dois anos, a Disney (DISB34) prevê um ritmo menor de crescimento de novos assinantes, esperando ter até 245 milhões de clientes totais. E segundo a Reuters, este ajuste “para baixo” é por causa do mercado indiano, já que a empresa vem perdendo direitos de transmissão das partidas de críquete, um esporte que é febre nacional da premier league indiana.
A Netflix projeta conquistar 1 milhão de novos assinantes e se issp se concretizar significa que ela pode reaver os assinantes que perdeu. Isso porque 970 mil assinantes deixaram de ser clientes da plataforma no segundo trimestre. Emesmo assim, as suas ações não despencaram após a divulgação deste dado, como aconteceu no trimestre anterior. E isso é porque a Netflix já tinha se antecipado e dado um spoiler ao mercado antes da divulgação do último balanço. Logo, a expectativa de analistas era que a queda de assinantes pudesse vir a ser muito maior, o que não aconteceu.
Apesar disso, as ações da Netflix seguem como as que mais desvalorizaram entre as listadas no S&P 500 desde o início do ano, com perdas acima dos 60% no período. E este mau desempenho coincide de certa forma com a queda generalizada nas ações de tecnologia e de empresas de crescimento.
Neste Cafeína, Samy Dana e Dony De Nuccio abordam os motivos da queda das ações da Netflix frente aos papeis da Disney e o que esperar do setor de streamming.
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