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Bitcoin: número de investidores de longo prazo bate recorde

Em meio às crises na economia mundial e aproximação do halving, a criptomoeda tem brilhado aos olhos dos investidores.

*ARTIGO

Segundo o relatório da Ark Invest, quase 70% dos investidores de bitcoin (BTC) estão mantendo a criptomoeda em carteira há pelo menos um ano. Ou seja, desafiando o mercado de baixa, os detentores de BTC estão pensando no longo prazo.

Com isso, tanto em termos relativos quanto absolutos, a quantidade de investidores ‘hodl de bitcoin’, que compram a moeda sem visar especulação, atingiu um novo recorde.

HODLing de Bitcoin por um ano atinge máxima histórica
Número de ‘hodlers de bitcoin’ nunca foi tão grande. Fonte: relatório Ark Invest.

“Dos atuais 19,4 milhões de BTC em circulação, quase 70% não se move há pelo menos um ano ou mais, confirmando o fortalecimento da base de detentores da moeda”, diz o relatório.

Corroborando com esses dados, a empresa Glassnode publicou em seu Twitter que o número de BTC depositado nas exchanges caiu para o seu menor valor desde março de 2018.

Mais especificamente, havia pouco mais de 2,2 milhões de BTC nas exchanges em julho de 2023, e a última vez que elas registraram tal escassez foi em 14 de março de 2018, quando o preço do bitcoin estava em torno de US$ 9.000.

Por sua vez, os investidores estão sacando bitcoin das corretoras para manter a criptomoeda em carteira virtual (wallet), representando, assim, a não-intenção de venda de BTC em um prazo curto.

Número de BTC depositado em exchanges é o menor desde 2018. Fonte: publicação da Glassnode.

O saldo de #Bitcoin mantido em endereços de câmbio continua a sangrar, caindo para um valor de 2,26 milhões de BTC, o saldo mais baixo mantido desde 14 de março de 2018 (1939 dias atrás). 

Esses dados poderiam ser só mais uns, mas não são pelo simples motivo: com mais de 90% da oferta total de bitcoin extraída e a crescente demanda pela moeda ano após ano, seu preço tende a atingir patamares cada vez mais altos.

Hodlers de bitcoin aumentando: por quê?

Há alguns fatores que, juntos, corroboram para os investidores de longo prazo do bitcoin terem alcançado a máxima histórica. A pandemia, por exemplo, trouxe consequências sanitárias, sociais e financeiras globais, afetando a confiança dos investidores nas moedas fiduciárias e nos governos.

Atrelado a isso, a política monetária expansionista adotada por vários países para combater a crise gerou um aumento da inflação e, por consequência, a insatisfação das pessoas com o sistema monetário atual.

Nesse cenário, com oferta limitada a 21 milhões de unidades e uma emissão previsível e descentralizada, o bitcoin surge tanto como uma alternativa para ‘fuga de controle governamental’ como para reserva de valor.

Outro motivo é que o halving, um dos eventos mais aguardados pelos investidores de BTC, está previsto para acontecer ano que vem. Nele, o número de novos bitcoins emitidos na rede cai pela metade e, historicamente, o evento tem sido um gatilho para altas expressivas no preço do BTC, como ocorreu em 2012, 2016 e 2020.

Para se ter uma ideia, após seu último halving o BTC registrou um aumento de 276%, alcançando cerca de US$ 69 mil.

Valorização do BTC após halvings anteriores. Fonte: TradingView, gráfico ‘Bitcoin Halving Cycles Updated’.

Portanto, o número de investidores de longo prazo só cresce porque eles reconhecem o potencial do bitcoin para além de algo meramente especulativo. Mais que ganhos, a escassez do bitcoin e sua característica descentralizada está revolucionando a maneira como as pessoas enxergam a criptomoeda.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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