*ARTIGO
O bitcoin (BTC), a maior criptomoeda do mercado, tem sido objeto de intensa discussão e especulação nos últimos anos. Mesmo após polêmicas referentes aos processos da SEC contra a Coinbase e a Binance, seu forte desempenho em 2023 reforça o otimismo dos investidores em relação à moeda.
Após um período de incertezas relacionadas à regulamentação, desde o início do mês de junho os grandes investidores, chamados “baleias” (“whales”), acumularam mais de US$ 3,5 bilhões em BTC.
Em uma nova pernada de alta na última quarta-feira (21), o bitcoin disparou e voltou a superar a casa dos USS 30 mil pela segunda vez neste ano. Com isso, ele já soma mais de 80% de valorização desde o início de 2023.
Mais uma vez o bitcoin vem provando sua resiliência e potencial como uma forma de investimento atrativa. Essa retomada “inesperada” levanta a questão: estaria o BTC entrando em um novo ciclo de alta?
É impossível responder essa pergunta de forma precisa, mas como mostrado a seguir, há alguns fatores que têm contribuído para o crescimento contínuo do bitcoin e um possível início de novo ciclo de alta.
Interesse de grandes instituições financeiras
Especificamente, dois gigantes financeiros renovaram seu interesse pelo bitcoin. Um deles, que é o principal, foi o mais novo anúncio da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo.
Com histórico impressionante de aprovações de ETFs pela SEC, a BlackRock submeteu mais um pedido de ETF para a autoridade americana. Desta vez, seu objetivo é lançar um fundo de bitcoin ‘post’ que, caso aprovado, será o primeiro ETF à vista da criptomoeda no país.
Pegando o empurrão da BlackRock, outras gestoras do mundo tradicional, como WisdomTree e Invesco, também anunciaram que planejam lançar seus próprios ETFs de bitcoin para os investidores.
Além disso, outra entrada institucional de peso – e renome – aconteceu com o lançamento da corretora de criptomoedas sem custódia, a EDX Markets (EDX). Neste caso, ela foi fundada por uma série de gigantes do mercado, como Sequoia Capital, Citadel Securities, Fidelity Digital Assets e Charles Schwab.
Esses dois movimentos indicam uma maior institucionalização do bitcoin e podem atrair ainda mais investidores. Porém, há outro fator principal que realmente pode fazer com que a criptomoeda inicie um novo ciclo de alta.
2024 se aproxima
Além dos institucionais, um elemento-chave intrínseco ao bitcoin ocorrerá em breve: o ‘halving’, evento que reduz pela metade a taxa de emissão de novos BTCs a cada quatro anos.
Por sua vez, essa redução na taxa de emissão de novos BTCs aumenta a escassez do ativo, impulsionando a demanda e potencialmente elevando seu preço por ser um ativo limitado a um máximo de 21 milhões de unidades..
Historicamente, o halving tem sido um catalisador para ralis de preços e novas máximas. E por que isso importa? Porque o próximo halving está programado para abril de 2024, e existe um movimento de valorização que começa antes deles e vai até um pouco depois.
Para se ter uma ideia, após seu último halving, em maio de 2020, o BTC registrou um aumento de 276%, onde chegou a valer aproximadamente US$ 69 mil.
Mas realmente vivemos um ciclo de baixa?
O bitcoin está desempenhando um papel fundamental na economia mundial. Sua capacidade de transferir valor de forma eficiente e segura de qualquer lugar do mundo está revolucionando a maneira como pensamos sobre dinheiro e transações financeiras.
Apesar das suas oscilações de curto prazo, um estudo recente realizado pela Hashdex em parceria com a Quantum mostrou que o bitcoin foi o ativo que mais se valorizou nos últimos 10 anos, registrando uma alta astronômica de 7.880%.
Escasso e descentralizado, a dominância crescente são indicadores promissores para a bitcoin. Dando ‘zoom out’, a maior criptomoeda do mercado sempre esteve em um ciclo de alta.
Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano. |
*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.
Veja também
- Bitcoin mantém ‘rali Trump’ e pode alcançar os US$ 100 mil em breve
- Bitcoin sobe e atinge nova máxima histórica de US$ 94 mil após estreia de opções do ETF da BlackRock
- ETF de Bitcoin da BlackRock já supera em US$ 10 bilhões o ETF de ouro
- Opções do ETF de Bitcoin da BlackRock começam a ser negociadas na Nasdaq
- Bitcoin se mantém acima de US$ 91 mil, mas há risco de correção à frente