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Colapso do império cripto de Bankman-Fried deixa setor atônito

Esta semana a fortuna do proprietário da FTX despencou de mais de US$15 bilhões.

Sam Bankman-Fried, fundador e CEO da FTX, durante uma entrevista em um episódio da Bloomberg Wealth com David Rubenstein em Nova York, EUA, na quarta-feira, 17 de agosto de 2022. Crédito: Bloomberg

Sam Bankman-Fried se destacou no mundo das criptomoedas como um prodígio, um jovem de 30 anos com um dom fora do comum para matemática que rapidamente construiu um império bilionário e conseguiu expandir seus negócios astutamente durante a liquidação do setor este ano.

Por isso mesmo, o colapso repentino de sua jóia da coroa — a bolsa de criptomoedas FTX, que agora precisa de um resgate de sua principal rival, a Binance — deixou os investidores boquiabertos.

Se alguma coisa ficou clara após os outros colapsos espetaculares este ano — incluindo os da stablecoin TerraUSD, do fundo Three Arrows e do credor cripto Celsius Network — é que os laços que unem o ecossistema de ativos digitais são ao mesmo tempo abrangentes e delicados.

Mas embora a FTX fizesse parte disso, parecia mais do que apenas uma bolsa — era uma espécie de balcão único para promover criptomoedas, com seu apoio financeiro, capacidade de formação de mercado, poder de lobby em Washington e propensão a resgatar negócios em apuros em vários cantos do setor.

Esta semana, em apenas um dia, a fortuna de Bankman-Fried despencou de mais de US$15 bilhões para menos de US$1 bilhão, segundo dados da Bloomberg.

Entrevista com o CEO da FTX, Sam Bankman-Fried. Crédito: Bloomberg.

A questão agora é: Se o grande SBF — como é conhecido — pode perder tanto, tão rápido, o que isso diz de qualquer um em um setor que agora enfrenta uma liquidação prolongada que já eliminou US$ 2 trilhões de valor de mercado?

A apreensão sobre a FTX e o destino incerto de sua empresa irmã, a Alameda Research, tomou conta do setor já abalado na terça-feira. E o nervosismo se traduziu em perdas de mais de 15% para o Bitcoin esta semana e quedas ainda maiores em outras partes do mercado de criptomoedas. A extensão dos declínios pode depender de quanto contágio, se houver, o colapso repentino da FTX terá no mercado.

A influência da FTX e de Bankman-Fried é sem dúvida ainda maior do que a da Three Arrows Capital, cujo colapso desencadeou uma onda de estragos em todo o setor apenas alguns meses atrás. 

Por isso, a falta de detalhes sobre a possível aquisição da FTX pela Binance e a rapidez com que ela foi anunciada colocaram o mundo das criptomoedas em estresse. Alguns dos investidores da FTX descobriram o acordo no Twitter, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. Esses investidores não têm certeza se receberão algum dinheiro se o acordo com a Binance for concluído.

A lista de perdedores no colapso inclui acionista da bolsa de Bankman-Fried, avaliada em quase US$ 32 bilhões em um financiamento de janeiro. Há nomes de primeira linha como o Vision Fund do SoftBank, o Ontario Teachers’ Pension Plan, o fundo Temasek Holdings de Singapura, a Tiger Global Management e a Lightspeed Venture Partners. 

Após a captação em janeiro, Bankman-Fried disse à Bloomberg que os fundos provavelmente seriam usados para fusões e aquisições, com possíveis alvos que incluíam negócios de pagamentos, empresas centradas em NFTs e o metaverso.

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