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‘Super App’ terá 4 blocos para integrar economia, diz diretor do Real Digital

Em evento sobre tokenização das finanças, BC voltou a reforçar que a inovação do sistema financeiro é essencial para trazer mais eficiência econômica.

O coordenador do projeto Real Digital do Banco Central, Fábio Araújo, disse nesta terça-feira (16) que a intenção do BC é que a economia se torne integrada. Isso será feito através de um “Super App”, que contará com a união e convergência de 4 blocos: Pix, Open Finance, Internacionalização e Real Digital.

Ele afirmou que o governo faz investimentos maciço em tecnologia financeira, dando atenção às mudanças globais. “As pessoas estão procurando por uma representação digital de algo que tenha valor”, afirmou.

Fabio Araújo fala sobre a perspectiva da inovação no sistema financeiro brasileiro. (Imagem: Reprodução/Workshop ‘A tokenização das finanças: dos criptoativos às moedas digitais de bancos centrais’, no Youtube)

As declarações foram feitas no workshop “A tokenização das finanças: dos criptoativos às moedas digitais de bancos centrais”, realizado em Brasília pelo Banco Central.

A agenda evolutiva do Pix também ganhou pauta no evento. O objetivo, segundo o BC, é ligar o Pix e a economia brasileira ao futuro. Para isso, foi divulgado haverá com 5 etapas de expansão:

  1. Aprimoramento no Pix Cobrança: integração via arquivo padronizado e base centralizada para melhorar a gestão de recebimentos;
  2. Desenvolvimento do Pix automático: similar ao débito em conta, sendo uma nova alternativa para pagamentos recorrentes;
  3. Pix por ITP no Open Finance: trará uma simplificação com menos ‘cliques’, deixando a jornada do usuário mais amigável;
  4. Buy Now Pay Later: mercado lança iniciativa CNPL usando Pix, integrado ao Open Finance;
  5. Pix Internacional: evento de cooperação técnica com mais de 30 países (Deep Dive Into Pix), e reuniões bilaterais com o Uruguai, Colômbia, Equador e Peru .

Já no que diz respeito ao Real Digital, foi reforçado que o BC tem feito estudos sobre a utilização de um registro distribuído (DLT) como base para sua infraestrutura.

Vale lembrar que, conforme divulgado anteriormente pela autoridade central, a CBDC (moedas digitais de bancos centrais, na sigla em inglês) usará a plataforma privada chamada Hyperledger Besu para possibilitar o desenvolvimento de uma moeda digital em um ambiente seguro, eficiente, rápido e tecnologicamente confiável.

A expectativa do BC é que a tokenização da economia promova a inclusão financeira, bem-estar social e competitividade ao país. No evento, o BC voltou a reforçar que a inovação do sistema financeiro é essencial para trazer mais eficiência econômica ao Brasil.

O evento

‘A tokenização das finanças: dos criptoativos às moedas digitais de bancos centrais’. (Foto: Reprodução/LinkedIn do BC)

O evento teve como objetivo estimular o debate sobre temas relacionados aos criptoativos e tokenização da economia, além do Real digital, a CBDC brasileira. Ele ocorreu em sinergia à Conferência do Banco Central do Brasil (BC), encontro de acadêmicos, especialistas do setor privado e representantes de grandes instituições para promover o debate e a pesquisa em diversas áreas, como macroeconomia, sustentabilidade, inovação financeira e regulação macroprudencial.

Os interessados em participar presencialmente e apresentar os trabalhos no workshop tiveram entre os dias 5 de janeiro a 7 de maio de 2023 para realizarem submissão. Dentre os 93 submetidos, 20 foram selecionados.

De acordo com o BC, o tema é de importância estratégica para qualquer país, pois, à medida que os criptoativos crescem, o equilíbrio do poder das moedas tradicionais fica sensível a mudanças não só em distribuição, mas também em fluxo de comércio.

“No período recente, os choques enfrentados pelas diversas economias apresentaram uma natureza global, implicando reações de política na mesma direção”

Roberto Campos Neto, Presidente do BC

As discussões na parte da manhã ocorreram em sessões paralelas pelos temas “Direito”, “Economia e Finanças” e “Tecnologia”. Já à tarde, ele contou com um painel multidisciplinar chamado “Interoperabilidade, competição e regulação em um mundo de ativos digitais”, no qual foram debatidos três artigos selecionados, um de cada tema, além de uma Mesa Redonda.

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