1 – Lucro líquido da Ambev é de R$ 3,215 bi no 3º trimestre, queda de 13,4% em 1 ano
O lucro líquido da Ambev (ABEV3) foi de R$ 3,215 bilhões no terceiro trimestre de 2022, uma queda de 13,4% em relação ao mesmo período de 2021,mas acima das estimativas, já que analistas esperavam lucro de 2,48 bilhões de reais, segundo pesquisa da Refinitiv.
O Ebitda ajustado foi de R$ 5,6 bilhões, alta de 2,4%.
De acordo com a companhia, o indicador foi impulsionado pelo desempenho da receita, porém parcialmente compensado pelos preços das commodities e contínuas pressões inflacionárias que pressionam as despesas (SG&A) de modo geral.
“O lucro ajustado diminuiu 13,9% em relação a R$ 3,753 bilhões no terceiro trimestre de 2021, uma vez que o crescimento do Ebitda foi mais do que compensado por maiores despesas financeiras e maior alíquota efetiva de impostos dada a reversão extraordinária de aproximadamente R$ 754 milhões de Imposto de Renda e contribuição social diferidos no terceiro trimestre de 2021”, diz a companhia.
A Ambev apresentou ainda volume de 46,3 milhões de hectolitros no período, alta de 1,3% – enquanto a receita líquida foi de R$ 20,587 bilhões, alta de 11,3% frente ao apresentado um ano antes.
2 – Dexco tem queda de quase 40% no lucro do 3º tri
A empresa de produtos para construção civil Dexco (DXCO3) viu o lucro líquido do terceiro trimestre recuar 39,6% sobre o mesmo período do ano passado, para R$ 154 milhões, pressionada por quedas de vendas e alta nos custos, além de impacto da alta dos juros, segundo balanço publicado nesta quarta-feira.
A companhia controlada pela Itaúsa e dona de marcas como Deca teve queda de quase 24% na expedição de peças da divisão de louças e metais sanitários no terceiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado enquanto em revestimentos cerâmicos o recuo foi de 26%.
O fluxo de caixa livre total ficou negativo em R$ 8,2 milhões, revertendo R$ 138 milhões positivos registrados um ano antes.
“Com o objetivo de reduzir os níveis de estoques, a companhia desacelerou sua produção, em especial nas divisões Deca e Revestimentos”, afirmou a Dexco no balanço.
Citando um trimestre “desafiador para a companhia”, a Dexco afirmou que queda na busca por financiamento imobiliário junto a outros fatores como o alto endividamento das famílias do país estão “ocasionando grandes instabilidades no setor de reformas e, consequentemente, na demanda por produtos da Dexco”.
Apesar disso, a empresa segue afirmando que a perspectiva segue favorável sobre lançamentos imobiliários, que “se mantêm em patamares positivos”. A companhia também comentou que seguiu “focada no novo ciclo de investimentos anunciado em 2021, com dispêndio total no terceiro trimestre de R$ 158 milhões”.
A Dexco teve um resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 415,6 milhões de julho ao final de setembro, queda de 31% na comparação anual e de 7% na relação trimestral.
A rentabilidade sobre o patrimônio encolheu de 17,5% no terceiro trimestre de 2021 para 10,6% no trimestre passado.
Apesar da queda no volume vendido, a receita líquida da companhia ficou praticamente estável na comparação anual, a R$ 2,16 bilhões, algo que a Dexco afirmou que deve-se à “sua resiliência na implementação e manutenção de preço, além de sua efetiva estratégia de posicionamento de produtos”.
Diante da fraqueza no mercado interno, cujo faturamento caiu 2,1%, a Dexco ampliou exportações no período em 6%, acumulando no ano um incremento nas vendas externas da ordem de 22%, se aproveitando da alta do dólar.
Mas como o volume comercializado foi menor no trimestre, os custos de produtos vendidos (CPV) subiram 11,4%, a R$ 1,4 bilhão, empurrados ainda pela inflação do período.
“Desde o último trimestre a companhia está focada em reduzir custos e despesas, visando compensar os efeitos da inflação do setor em seus resultados, o que pode ser notado na estabilização dos custos na comparação com o trimestre anterior”, afirmou a Dexco. No terceiro trimestre, o CPV teve ligeira alta de 1,4% ante o período de abril a junho.
O resultado financeiro da Dexco ficou negativo em R$ 150,5 milhões ante R$ 38,9 milhões de despesa desta linha um ano antes.
3 – Enauta antecipa paralisação de produção em poço no Campo de Atlanta
A Enauta (ENAT3) anunciou nesta quarta-feira (26) a paralisação de produção no poço 7-ATL-3H-RJS do Campo de Atlanta por questões operacionais, antecipando uma parada que estava originalmente prevista para janeiro de 2023, quando o poço seria substituído.
Segundo fato relevante, a companhia dará início à campanha de perfuração de três novos poços em meados de novembro, sendo que o primeiro deles, 7-ATL-5H-RJS, deve ser conectado ao FPSO Petrojarl I no primeiro trimestre de 2023, em substituição ao poço paralisado, quando então a produção com três poços será retomada.
A Enauta disse que, com o poço 7-ATL-5H-RJS, a capacidade de produção total do campo passará para mais de 20 mil barris de óleo por dia.
“Além do incremento da produção a partir de 2023, esse poço proporcionará maior estabilidade à operação de Atlanta em função de redundância adicional ao sistema de bombeio e maior flexibilidade operacional ao sistema de produção”, disse a empresa no comunicado.
O poço 7-ATL-3H-RJS, que teve a produção interrompida nesta data, somente voltará a produzir quando da implantação do Sistema Definitivo de Atlanta. A produção combinada dos dois outros poços está em torno de 14 mil bbl/dia, acrescentou a empresa.
*Com Reuters e Estadão Conteúdo
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