O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu na véspera que a pauta econômica da semana — que inclui a reforma tributária, o projeto do Carf e o novo marco fiscal — não seja contaminados pela disputa política.
Lira informou que a semana está reservada para a análise das propostas e lembrou da decisão da Mesa Diretora da Casa que suspendeu o funcionamento de todas as comissões para que os parlamentares concentrem-se nesses temas.
Já o Banco do Brasil informou que Galípolo renunciou ao cargo no Conselho de Administração. Ele foi indicado para assumir a diretoria de Política Monetária do Banco Central e passará por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado nesta terça-feira (4).
Também serão conhecidos os dados da Produção Industrial no país.
Já as bolsas dos Estados Unidos estarão fechadas devido ao feriado de independência de 4 de julho.
1 – Gabriel Galípolo deixa conselho do BB e passa por sabatina
O Banco do Brasil informou na véspera que Gabriel Galípolo renunciou ao seu cargo no Conselho de Administração da empresa, com efeito imediato, de acordo com comunicado.
Mesmo já tendo sido indicado pelo governo para assumir a diretoria de Política Monetária do Banco Central, o ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda foi eleito presidente do conselho do banco estatal em maio deste ano. Ele havia dito anteriormente à Reuters que, quando fosse nomeado para o BC, deixaria o conselho do BB.
A sabatina de Galípolo na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado está marcada para esta terça-feira, 4 de julho.
Também será sabatinado, no mesmo dia, Ailton de Aquino Santos, indicado para a diretoria de Fiscalização da autarquia. Após aprovação pela CAE, os nomes seguem para apreciação do plenário do Senado, em votação secreta.
Galípolo chegou ao governo para fazer parte da equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e foi confirmado no início de maio como o indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a cadeira de política monetária do BC.
2- Nasdaq reenvia pedido de ETF de bitcoin da BlackRock à SEC
A Nasdaq apresentou novamente ao regulador de valores mobiliários dos EUA um pedido para listar um ETF da BlackRock (BLAK34) que refletirá o preço do bitcoin para incluir detalhes adicionais, segundo um documento divulgado nesta segunda-feira.
O pedido atualizado, submetido à Securities and Exchange Commission (SEC) na quinta-feira, disse que a Coinbase fornecerá supervisão de mercado em apoio ao ETF proposto pela maior gestora de ativos do mundo.
A medida ocorre depois que o regulador, conforme reportado pelo Wall Street Journal, teve preocupações sobre os registros iniciais da Nasdaq, considerando-os pouco claros e incompletos. A SEC havia sinalizado preocupações semelhantes à Cboe relacionadas a um pedido da Fidelity.
A área de ativos digitais está tentando recuperar a popularidade após um doloroso 2022, que viu vários empreendimentos de criptoativos entrarem em colapso, incluindo o da FTX, de Sam Bankman-Fried.
No mês passado, a SEC processou a Coinbase por não se registrar como uma exchange. De acordo com o registro do ETF de bitcoin da Fidelity da Cboe, a plataforma da empresa representou cerca de metade das negociações de bitcoins em dólares norte-americanos em maio.
A Coinbase disse em uma carta apresentada no mês passado no tribunal federal de Manhattan que pedirá a um juiz que rejeite o processo da SEC, argumentando que o regulador não tem autoridade para prosseguir com ações civis porque os criptoativos negociados em sua plataforma não são “contratos de investimento” e, portanto, não são ativos mobiliários.
A SEC rejeitou dezenas de pedidos de ETF de bitcoin à vista nos últimos anos, incluindo um da Fidelity em janeiro de 2022.
Em todos os casos, disse que os pedidos não atendiam aos padrões projetados para prevenir práticas fraudulentas e manipulativas e proteger os investidores e o interesse público.
3 – Cassino alerta para risco de défault
A Casino Guichard-Perrachon alertou para o risco de que entre em situação de default, em meio ao processo de conciliação com credores intermediado pela Justiça francesa. A ação da varejista caiu 3,34% na Bolsa de Paris na segunda-feira, 3, após a notícia.
Em comunicado, a empresa informou que os conciliadores – que conduzem as negociações da reestruturação da dívida – solicitaram aos credores que renunciassem o seu direito de reivindicar pagamentos antecipados com base em qualquer caso de inadimplência sob as cláusulas financeiras em “qualquer evento inadimplência ou inadimplência cruzada”.
Entretanto, apesar de detentores dos bônus emitidos pela Quatrim terem concordado com o pedido, titulares dos bônus com vencimento em 2026 e 2027 recusaram a solicitação. Para os demais grupos de credores, a empresa ainda aguarda resposta nos próximos dias.
A companhia destacou que, caso algum credor não concorde com as solicitações, “o Grupo tomará todas as medidas necessárias para garantir o mesmo tratamento aos credores relevantes e preservar sua liquidez durante o processo de conciliação”.
Na última semana, a Casino Guichard-Perrachon anunciou que precisará converter grande parte de sua dívida para capital como parte do chamado processo de conciliação. Endividada, a companhia também revelou planos de vender a participação no brasileiro Grupo Pão de Açúcar e no colombiano Éxito.
Com Reuters e Estadão
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