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Economia

Batalha da China contra novo surto de Covid frustra recuperação econômica

A China parece destinada a ser a única grande economia a se expandir em 2020, com crescimento esperado de 2,1%.

China Covid-19
Mulheres buscam crianças em escola de Wuhan, na China 15/01/2021 REUTERS/Thomas Peter

De reservas de hotéis canceladas antes do Ano Novo Lunar ao aço acumulado nas usinas devido a restrições de transporte na província de Hebei, a batalha da China contra uma nova onda de infecções por Covid-19 prejudica o que tem sido uma recuperação econômica dramática.

O número de novos casos na China está no nível mais alto em 10 meses, levando ao lockdown de 28 milhões de pessoas em duas províncias, interrompendo a logística e a atividade industrial, com milhões de pessoas que deverão descartar os planos de viagens no feriado em um revés nos esforços da China para colocar o consumo de volta nos trilhos.

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A economia da China encolheu 6,8% no primeiro trimestre do ano passado.

Graças em parte ao aumento da demanda global por eletrônicos e equipamentos chineses para proteção contra o coronavírus, a China parece destinada a ser a única grande economia a se expandir em 2020, com crescimento esperado de 2,1%.

Com a extensão geográfica limitada dos surtos, a melhoria dos testes e contenção, os economistas não preveem nada que se aproxime de uma repetição do que aconteceu no primeiro trimestre do ano passado, quando o surgimento do coronavírus resultou na segunda maior economia do mundo encolhendo 6,8%.

A demanda de fabricação e exportação permanece robusta. Mas os economistas dizem que o consumo, que normalmente responde por mais da metade da economia e está atrasado em relação à recuperação mais ampla, pode sofrer um golpe.

As autoridades têm recomendado às pessoas que não viajem no feriado de uma semana do Ano Novo Lunar, que começa em 11 de fevereiro e é normalmente um período com gastos em viagens, comida e presentes.

“A piora da situação do coronavírus afetará a atividade econômica e os mercados podem precisar moderar suas expectativas de forte demanda reprimida de consumo no próximo feriado”, escreveram analistas da Nomura em nota esta semana.

Mas Julian Evans-Pritchard, economista sênior da Capital Economics para a China, disse que pode haver um lado econômico positivo.

“Um motivo pelo qual muitos fabricantes participaram rapidamente dos esforços oficiais para desencorajar viagens é que isso permitiria que mantivessem as fábricas funcionando durante o feriado”, escreveu ele em comunicado nesta sexta-feira.

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