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Economia

Brasil tem a 2ª conta de luz mais cara entre as maiores economias do mundo

País só perde para a Colômbia, onde a energia elétrica é mais onerosa. Brasileiros pagam por mês a quantia de R$ 12 bilhões em impostos, subsídios e taxas na conta de luz.

Linhas de transmissão de energia elétrica REUTERS/Paulo Whitaker

O Brasil é o país que possui a segunda conta de luz mais cara entre as maiores economias do mundo, segundo levantamento da Abrace (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres).

Os brasileiros pagam por mês a quantia de R$ 12 bilhões em impostos, subsídios e taxas na conta de luz. Em um ano, são R$ 144 bilhões.

Segundo a Abrace, que usa dados da Agência Internacional de Energia, o cálculo do índice do custo de energia nada mais é que o valor cobrado em cada país pelo consumo de 200 kwh em relação a renda per capta do país.

Contas mais caras

O que chama mais atenção é que entre os países que cobram contas de luz mais caras como Colômbia, Turquia, Chile e Portugal, nem um deles tem uma matriz energética como a brasileira, com grandes bacias e rios, além de muito vento e sol.

Contas mais baratas

Entre as principais economias do mundo com a conta de luz mais barata, a liderança é da Noruega, seguida dos Estados Unidos, canadá, Luxemburgo e Suíça.

Por que a energia elétrica é tão cara no Brasil?

Com tantas matrizes energéticas, o Brasil deveria ter uma das energias elétricas mais baratas do mundo. Mas, segundo a Abrace, só 53,5%, quase a metade, do valor da conta de luz é resultado da dos custos de geração, transmissão e distribuição da energia elétrica.

Taxas que bancam políticas públicas, subsídios, impostos e ineficiências do setor correspondem aos outros 46,5%.

Um exemplo é a privatização da Eletrobras. Ao aprovar a desestatização, o Congresso adicionou obrigatoriedades para a futura Eletrobras como a construção de termelétricas em regiões semb infraestrutura de transporte de gás natural para beneficiar os redutos eleitorais dos parlamentares, onerando a futura produção da empresa privatizada.

Essa é uma conta que será paga pelos consumidores. A União pela Energia, que reúne associações do setor elétrico, calcula em US$ 84 bilhões de acréscimo às tarifas.

Caso os subsídios caíssem, as vantagens brasileiras na geração de energia ficariam mais evidentes.

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