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Economia

Brasil volta para a segunda posição em ranking de juros reais

Enquanto o BC brasileiro segue cortando a Selic em meio ao alívio da inflação, no México as taxas devem ser mantidas por mais tempo.

O Brasil segue se revezando com o México na liderança do ranking de juros reais. Com o corte de 0,5 ponto percentual da Selic nesta quarta-feira (13), a taxa brasileira passou para a segunda posição em uma lista com 40 países, com 6,11%.

Em setembro, o Brasil havia ficado em segundo lugar e o México, em primeiro. Em novembro, as posições se inverteram. Agora, os países trocaram novamente de lugar. Antes, o Brasil tinha liderado a lista por 7 vezes seguidas. Os cálculos foram feitos pela MoneyYou considerando a taxa de juros nominal e o desconto da inflação esperada para os próximos 12 meses.

México x Brasil

Com a decisão desta quarta, a Selic passou de 12,25% para 11,75% ao ano, conforme era previsto pelo mercado. Embora os receios sobre a situação das contas públicas impeça uma redução mais rápida dos juros, o corte da taxa Selic no Brasil acontece em um momento de inflação mais controlada, como analisa o economista Jason Vieira. 

“O cenário para a aceleração do corte de juros continua retido pela questão fiscal, a insistência arrecadatória do governo e nenhuma sinalização de controle de gastos, o que se choca com a série mais recente de indicadores inflacionários, especialmente o mais recente IPCA, o qual trouxe uma sensível melhora dos núcleos e abre espaço para cortes mais intensos.”

Dados divulgados nesta terça-feira (12) mostraram que a inflação no Brasil em 12 meses ficou abaixo do teto da meta do Banco Central para este ano. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,28% em novembro, e acumulou avanço de 4,68% em 12 meses. O centro da meta é de 3,25% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos (ou seja, o teto é de 4,75% e o piso, de 1,75%). 

Cidade do México (Cesar Salazar/Pixabay)
Cidade do México (Cesar Salazar/Pixabay)

Enquanto isso, o México vive um cenário distinto. Enquanto o Brasil deve seguir com o ciclo de corte de juros, em novembro o Banco Central mexicano (Banxico) anunciou a manutenção das taxas em 11,25% ao ano. No comunicado, a autoridade destacou que, embora a inflação siga recuando, as taxas seguem elevadas, e citou que “será necessário manter a taxa de referência em seu nível atual por certo tempo”. 

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