A BRK Ambiental, que tem como acionistas a canadense Brookfield Asset Management e o fundo de indenizações trabalhistas FI-FGTS, fechou a contratação de bancos para uma oferta inicial de ações (IPO), disseram três fontes com conhecimento do assunto.
A Brookfield é a controladora da BRK, com 70% do capital da empresa, enquanto o FI-FGTS, administrado pela Caixa Econômica Federal, detém o restante.
A oferta de ações pode totalizar cerca de R$ 3 bilhões, disse uma das fontes.
BTG Pactual, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco, Bradesco, Citigroup e Santander vão coordenar a oferta, disseram as fontes.
Os planos da BRK para uma listagem em bolsa acontecem depois do governo brasileiro ter aprovado no ano passado o marco legal do saneamento, com meta de universalização de serviços de água e esgoto até 2033, uma meta que demandará cerca de 700 bilhões de reais em novos investimentos para ser alcançada.
A Brookfield adquiriu participação na BRK em outubro de 2016 do conglomerado construtor Novonor, antiga Odebrecht. O principal objetivo da listagem é dar uma saída para o FI-FGTS, mas a empresa também pode vir a levantar recursos com a venda de novas ações.
Uma das fonte disse à Reuters que, embora a BRK tenha contratado bancos para o IPO, o FI-FGTS também lançou um processo para vender sua participação de 30% na empresa por meio de uma operação de fusão e aquisição. O objetivo de lançar os dois processos ao mesmo tempo é buscar obter o melhor valor possível pelo ativo.
Em 2019, a Brookfield conversou com o FI-FGTS para adquirir sua participação na BRK. Não está claro se Brookfield ainda está interessada. A empresa não comentou o assunto.
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