O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros da economia em 0,75 ponto percentual, em sua reunião nesta quarta-feira (5). Com isso, a Selic passou de 2,75% ao ao para 3,5% ao ano.
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Em sua última decisão sobre juros, em março, o Copom também elevou a Selic em 75 pontos-base. Foi o primeiro aumento da taxa em seis anos, saindo da mínima histórica de 2% desde agosto de 2020.
Em seu comunicado, o Copom informou que, no cenário básico para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. “Por um lado, o processo de recuperação econômica dos efeitos da pandemia pode ser mais lento do que o estimado, produzindo trajetória de inflação abaixo do esperado”, disse o órgão.
A alta da Selic acontece em um momento no qual a economia brasileira tenta se recuperar da crise provocada por uma nova onda da pandemia e enfrenta uma aceleração dos preços ao consumidor. Em março, a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulou alta de 6,10% em 12 meses.
A maior parte do mercado apostava na alta para 3,50%, como parte do consenso de que o BC busca atenuar a pressão inflacionária em 2021 e impedir que as expectativas de inflação para 2022 subam. O mercado busca pistas, no comunicado do Copom, sobre a condução da política monetária ao longo do ano.
Do ponto de vista do câmbio, vários especialistas apontaram um cenário de normalização da taxa de juros ao longo dos próximos meses como possível fator de valorização para o real, podendo atrair fluxo estrangeiro com a maior atratividade de rendimentos locais.
*Com agências