O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou nesta quarta-feira (2) que decidiu elevar a Selic, a taxa básica de juros, para 10,75% ao ano, em uma alta de 1,5 ponto percentual. Foi o 8º avanço seguido, levando a taxa ao maior patamar desde janeiro de 2017. Na decisão, que foi unânime, o grupo indicou que deve reduzir o ritmo de elevação na próxima reunião.
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O Banco Central tem endurecido o ritmo de aperto da Selic em meio à alta da inflação. Em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,58%, sobre alta de 0,78% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio acima das expectativas do mercado.
Em seu comunicado, o Copom informou que antevê como mais adequada, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros.
“Essa sinalização reflete o estágio do ciclo de aperto, cujos efeitos cumulativos se manifestarão ao longo do horizonte relevante. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, diz o comunicado.
O último relatório do Boletim Focus, do Banco Central, apontou que as expectativas para a alta do IPCA subiram para 5,38% em 2022.
Entenda a Selic
A taxa Selic é a média de juros que o governo brasileiro paga por empréstimos tomados dos bancos. A partir dela é que são definidas as taxas de crédito a outras instituições e aos consumidores. Então, quando a Selic sobe, a tendência é que os juros para clientes dos bancos, por exemplo, subam também, e vice-versa.
Uma das principais funções da Selic é controlar a inflação. A ideia é que, subindo os juros, as pessoas consumam menos, já que o crédito fica mais caro. Então, pela lei da oferta e da demanda, uma redução do consumo levaria por efeito a uma queda dos preços.
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