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Economia

Credit Suisse abandona projeção de redução da Selic em 2023 em meio a incerteza fiscal

O documento foi publicado depois que o Banco Central decidiu manter a Selic em 13,75%.

Credit Suisse/Reuters
Agência do Credit Suisse em Berna, Suíça 28/10/2020 REUTERS/Arnd Wiegmann

O Credit Suisse deixou de prever cortes do juro básico brasileiro no ano que vem e elevou sua projeção para o patamar da taxa Selic em 2024, citando incertezas sobre a saúde fiscal do país.

Agora, o Credit Suisse vê os juros no patamar atual de 13,75% ao término de 2023. Em seu cenário anterior, o banco esperava que a Selic seria reduzida para 11,50% até o final do ano que vem. Já para 2024, a instituição elevou seu prognóstico para o nível dos juros a 11,50%, contra 8,50% estimados anteriormente.

“De modo geral, a incerteza quanto aos valores e condições a serem aprovados na PEC da Transição e a ausência de uma âncora fiscal confiável no curto prazo nos fizeram rever nosso cenário para a taxa Selic”, avaliou o credor em relatório com data de quarta-feira (7).

REUTERS/Arnd Wiegmann

O documento foi publicado depois que o Banco Central decidiu manter a Selic em 13,75% pela terceira vez consecutiva em reunião de política monetária da véspera. Em comunicado emitido após o encontro, o BC deu recados ao governo eleito ao dizer que há elevada incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país e ressaltou que acompanhará com atenção o quadro das contas públicas.

Grande parte dos riscos fiscais do Brasil está associada à PEC da Transição, aprovada na quarta-feira pelo Senado em dois turnos e por ampla margem de votos. O texto, que agora segue para a Câmara, expande por dois anos o teto de gastos em R$ 145 bilhões para o pagamento do Bolsa Família de R$ 600.

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