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Economia

FGTS vai render 4,92% na conta do trabalhador após lucro de R$ 8,1 bi

Como em 2020 a inflação medida pelo IPCA foi de 4,52%, ganho real para os cotistas será de 0,4%.

FGTS

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta terça-feira (17) a distribuição de 96% do lucro registrado no balanço do fundo em 2020, o que dará aos trabalhadores um retorno total de 4,92% na conta do fundo.

Pela regra atual, as contas do FGTS têm uma rentabilidade de 3% ao ano, mais a taxa referencial (TR), além da distribuição do lucro do ano anterior entre os trabalhadores com carteira assinada.

Como no ano passado a inflação medida pelo IPCA foi de 4,52%, o ganho real para os cotistas será de 0,4%. Em comparação, a poupança no período rendeu 2,11%.

Em 2020, o resultado auferido pelo FGTS foi de R$ 8,468 bilhões, sendo que a proposta do Ministério da Economia foi de distribuição de R$ 8,129 bilhões.

Quando o lucro do FGTS será pago?

O depósito do lucro do FGTS será feito até o final de agosto, ocorrendo de maneira proporcional ao saldo das contas mantidas pelos trabalhadores na data de 31 de dezembro.

Segundo o governo, cerca de 191,2 milhões de contas serão beneficiadas. Juntas, elas acumulavam um saldo de R$ 436,2 bilhões ao fim do ano passado.

No ano base de 2019, a remuneração do FGTS foi de 4,9%, ante IPCA de 4,31% e rendimento da poupança de 4,26%.

Saques do FGTS

Em 2020, o FGTS ganhou novas modalidades de saque, além do habitual (que é quando um trabalhador é demitido sem justa causa, término do contrato de trabalho, compra da casa própria ou aposentadoria).

Até 31 de dezembro do ano passado, foi liberado o FGTS emergencial, com direito ao saque de até R$ 1.045 para qualquer pessoa que tivesse uma conta no fundo de garantia. Também foi liberado o saque-aniversário, que permite a retirada de parte do saldo da conta anualmente no mês de nascimento.

As duas modalidades de saques extraordinários foram criadas na pandemia para ser um dinheiro extra para quem teve a renda comprometida. Com a crise econômica causada pela covid-19, o percentual de famílias endividadas atingiu um recorde histórico de 67,1% em junho do ano passado, segundo a pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor, realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio).

*Com Reuters

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