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Economia

IPCA-15 acelera para 1,73% em abril, diz IBGE

Pesquisa da agência de notícias Reuters com economistas estimava alta de 1,85% para o período.

Abastecimento de combustível no Rio de Janeiro
Abastecimento de combustível no Rio de Janeiro 02/12/2021 REUTERS/Amanda Perobelli

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 1,73% em abril, sobre alta de 0,95% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (27).

Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 1,85% para o período.

Foi a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003, quando registrou avanço de 2,19%. Também é a maior variação para um mês de abril desde 1995, quando o índice foi de 1,95%.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,31% e, em 12 meses, de 12,03%, acima dos 10,79% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2021, a taxa foi de 0,60%.

IPCA-15 para mees de abril

Gasolina impulsionou alta dos preços

O resultado foi influenciado pelos transportes, principalmente, pelo aumento no preço da gasolina, que teve alta de 7,51% e contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês, reflexo do reajuste no preço médio do combustível nas refinarias. Também subiram os preços do óleo diesel (13,11%), do etanol (6,60%) e do gás veicular (2,28%).

As passagens aéreas, que haviam recuado em março, subiram 9,43% em abril. Os preços do seguro voluntário de veículo (3,03%) aceleraram pelo oitavo mês consecutivo, acumulando 23,46% de variação nos últimos 12 meses. Houve altas ainda nos preços dos táxis (4,36%), nas passagens de metrô (1,66%) e dos ônibus urbanos (0,75%).

Os preços de alimentos e bebidas avançaram 2,25%, puxados pela alta dos itens consumidos no domicílio (3%), principalmente, o tomate (26,17%) e o leite longa vida (12,21%), que contribuíram conjuntamente com 0,16 p.p. no resultado do IPCA-15. Outros produtos também tiveram altas expressivas: a cenoura (15,02%), o óleo de soja (11,47%), a batata-inglesa (9,86%) e o pão francês (4,36%).

Já a alimentação fora do domicílio (0,28%) desacelerou em relação a março (0,52%). Enquanto a refeição passou de 0,25% em março para 0,45% em abril, o lanche seguiu movimento inverso, passando de 0,92% para 0,07%.

A alta do gás de botijão (8,09%) teve o maior impacto em habitação (1,73%). Também subiram os preços do gás encanado (3,31%). A segunda maior contribuição no grupo foi da energia elétrica (1,92%), com os reajustes de mais de 15% nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro.

Todos os itens do vestuário tiveram alta em abril, inclusive as joias e bijuterias, cujos preços haviam caído em março. A maior contribuição, porém, veio das roupas femininas, com alta de 2,70%.

O grupo saúde e cuidados pessoais desacelerou em relação a março por conta dos itens de higiene pessoal, que haviam subido 3,98%. Já os produtos farmacêuticos tiveram alta de 3,37%, depois da autorização do reajuste de até 10,89% no preço dos medicamentos, a partir de 1º de abril.

Com exceção de comunicação, todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em abril. Os demais grupos ficaram entre o 0,05% de educação e o 0,94% de artigos de residência.

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