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Economia

Itaú cai mais de 3% pressionado por Treasuries; dólar tem o maior valor desde outubro

Mercado repercutiu dados fortes da indústria nos EUA

O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira, com as ações de bancos entre as maiores pressões negativas, entre elas as preferenciais do Itaú Unibanco (ITUB3 ITUB4), que recuaram mais de 3%, em sessão também pressionada pelo aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

Na contramão, IRB(Re) (IRBR3) e Hapvida (HAPV3) avançaram em meio à análise dos respectivos resultados do último trimestre de 2023, bem como perspectivas de ambas as empresas.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,87%, a 126.990,45 pontos. Na máxima do dia, chegou a 128.658,86 pontos. Na mínima, a 126.771,8 pontos. O volume financeiro somou R$ 19,9 bilhões.

De acordo com o analista Leandro Ormond, da Aware Investments, a semana começou com dados nos EUA sugerindo uma atividade econômica forte e prevê divulgações que podem dar mais pistas sobre a política monetária global à frente, com destaque para números do mercado de trabalho dos EUA na sexta-feira.

“Se os dados ao longo da semana vierem indicando uma atividade econômica ainda resiliente, as expectativas do início do corte de juros no exterior podem ser novamente revistas”, afirmou, avaliando que isso também pode fazer com que o mercado reavalie as expectativas para a Selic nos próximos meses.

Além disso, acrescentou Ormond, com juros altos por mais tempo no exterior, o fluxo de saída do capital estrangeiro pode continuar pressionando as ações na bolsa paulista. No acumulado do ano, o saldo de capital externo na B3 está negativo em quase 23 bilhões de reais.

Nos EUA, o rendimento dos Treasuries de 10 anos avançava a 4,3191% no final da tarde, de 4,194% na última sessão. O S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em baixa de 0,2%.

PMI

O setor industrial nos EUA cresceu pela primeira vez desde 2022, segundo o PMI industrial do Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês), que aumentou para 50,3 no mês passado, a maior e primeira leitura acima de 50 desde setembro de 2022, ante 47,8 em fevereiro.

O dado gerou dúvidas sobre a possibilidade de o Federal Reserve realmente confirmar os três cortes nas taxas de juros estimados pela autoridade monetária no mês passado.

No mercado futuro juros dos EUA, a chance de um corte nas taxas em junho passou para 57%, de 64% há uma semana, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME. Aplicativo de probabilidade de taxas da LSEG mostrou também redução no número de cortes para cerca de dois este ano, de três há algumas semanas.

Dólar

O dólar à vista fechou com alta firme no Brasil, pela segunda sessão consecutiva acima dos R$ 5, em meio aos dados sobre a indústria norte-americana.

A moeda encerrou o dia cotada a R$ 5,0588 reais na venda, em alta de 0,86%. Este é o maior valor de fechamento desde 13 de outubro do ano passado, quando o dólar encerrou a sessão em R$ 5,0888. Em dois dias úteis, a divisa acumulou ganho de 1,57%.

Às 17h31, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,75%, a R$ 5,0750 na venda.

*Com Reuters

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