O porto de petróleo que mais cresce no Brasil se prepara para se tornar um centro de energia eólica offshore e hidrogênio verde em um país que priorizará a energia limpa sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O Porto do Açu, no estado do Rio de Janeiro, que iniciou suas operações em 2014 e agora responde por quase 40% das exportações de petróleo do Brasil, está localizado em um dos três principais trechos da costa brasileira para o desenvolvimento eólico offshore. Shell, Iberdrola e a EDF estão entre as empresas que buscam estabelecer operações eólicas na região.
Lula fez do combate ao desmatamento e às mudanças climáticas uma parte importante da plataforma política para seu terceiro mandato como presidente.
Quatorze projetos estão buscando licenças para um total de 33 gigawatts de capacidade, e o Porto do Açu está oferecendo às empresas eólicas espaço para montar fábricas de montagem das turbinas, bem como instalações de hidrogênio verde que seriam alimentadas por energia renovável, de acordo com José Firmo, presidente do Porto do Açu.
O porto já possui importantes bases de abastecimento para a indústria offshore de petróleo e uma fábrica de dutos flexíveis que são utilizados na região pré-sal em águas profundas, e está bem posicionado para ser um hub logístico para a energia eólica offshore. É o segundo maior porto do país em volume total.
A energia eólica offshore brasileira acontecerá primeiro aqui no Porto do Açu, disse Firmo na quarta-feira, na inauguração de um armazém que a Lundin Mining Corp. usará como terminal de exportação de cobre.
É provável que o Brasil veja os investimentos na transição energética acelerarem sob Lula, disse Rogério Zampronha, diretor executivo da Prumo Logistica, holding proprietária do Porto do Açu.
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