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Economia

Ranking de juros reais: Brasil segue em 3º lugar entre 167 países

País fica atrás apenas de Zimbábue e Sudão do Sul; veja lista completa.

Com a manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano e sem mudanças significativas nas últimas projeções de inflação, o Brasil segue na 3ª posição no ranking de juros reais com 167 países, com 9,28% ao ano. Com isso, o país fica atrás apenas de Zimbábue (25%) e Sudão do Sul (10,02%).

O ranking foi feito pelo InvestNews com base em dados do Trading Economics. Em agosto, o Brasil estava na 7ª posição, passando para a 3ª no mês seguinte. Veja abaixo:

Na lista, 79 países aparecem com juros reais positivos (ou seja, a taxa de juros nominal está acima da inflação). Outros 7 têm juro real igual a zero, enquanto os demais 81 têm juros negativos (o que significa inflação maior que a taxa de juros).

Juros reais negativos

Sede do banco central da Argentina em Buenos Aires 08/01/2018. REUTERS/Agustin Marcarian

As menores taxas de juros reais são as da Turquia (-22.18%), Líbano (-28.17%) e Sudão (-36.15%).

Entre esses países, o Líbano enfrenta uma crise que levou a um “derretimento financeiro” de três anos, que custou 95% do valor da sua moeda e levou 80% da população à pobreza. O país tem feito progresso lento em uma lista de reformas exigidas para ter acesso a US$ 3 bilhões em financiamento do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Ainda na lista dos países com juros reais negativos, a Argentina aparece com -9,65% ao ano. Em outubro, o banco central da Argentina manteve a taxa básica de juros, após dados melhores do que o esperado do núcleo da inflação de setembro, pausando um dos ciclos de aperto monetário (alta de juros) mais agressivos do mundo.

A taxa de inflação mensal da Argentina ficou abaixo do esperado em setembro, em 6,2%, mais baixa do que em agosto e abaixo das previsões dos analistas de um aumento de 6,7%, um raro alívio para a economia em apuros. A inflação anual ainda deve chegar a 100% até o final do ano, uma das taxas mais altas do mundo.

Aperto monetário em economias avançadas

O prédio do Federal Reserve, na Constitution Avenue, em Washington, EUA, 27 de março de 2019. REUTERS/Brendan McDermid
O prédio do Federal Reserve, na Constitution Avenue, em Washington, EUA, 27 de março de 2019. REUTERS/Brendan McDermid

Diversos países de economia avançada vivem um momento de alta de juros para tentar conter a inflação – o que tem gerado receios sobre os efeitos sobre a economia, com possibilidade de recessão.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) aumentou sua taxa de juros de quase zero em março para a faixa atual de 3% a 3,25%, o ritmo mais rápido de aperto monetário em uma geração ou mais. A expectativa é de mais elevações, já que a inflação segue elevada no país. Nos 12 meses até setembro, o índice de preços PCE aumentou 6,2%. O Fed acompanha os índices de preços PCE para sua meta de inflação de 2%.

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) aumentou os juros de novo em outubro, em uma tentativa de combater a inflação recorde. O banco central dos 19 países que compartilham o euro aumentou a taxa em mais 0,75 ponto percentual, levando-a ao nível mais alto desde 2009, de 1,5%. Até julho, as taxas do BCE estavam em território negativo havia oito anos.

Ainda entre os países ricos, o Canadá, que tinha juros reais negativos em agosto e em setembro, passou para o campo positivo em outubro, com 2,93%. No mês passado, o Banco do Canadá elevou sua taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 3,75%. O país elevou os juros em 3,5 ponto percentual desde março, um de seus ciclos de aperto monetário mais rápidos de todos os tempos. Mas o BC canadense já anunciou que está se aproximando do fim do ciclo de alta de juros, uma vez que prevê que a economia do país desacelerará ao longo nos próximos três trimestres.

Veja abaixo a lista completa de taxas de juros reais, considerando dados do Trading Economics

(* com informações da Reuters)

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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