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Economia

Recessão britânica apagará 8 anos de ganhos na renda familiar

O Escritório de Responsabilidade Fiscal disse que a renda familiar real diminuirá 7% nos dois anos até abril de 2024, apesar de £ 100 bilhões de apoio do governo

Ponte da Torre de Londres
Ponte da Torre de Londres

A crise do custo de vida na Grã-Bretanha apagará oito anos de ganhos na renda familiar em apenas 24 meses, e mergulhará a economia em uma recessão que durará mais de um ano, segundo a agência de estimativas econômicas do país.

O Escritório de Responsabilidade Fiscal disse que a renda familiar real diminuirá 7% nos dois anos até abril de 2024, apesar de £ 100 bilhões de apoio do governo. A economia já está em uma recessão que deve encolher o PIB em 2% e custar 500.000 empregos, disse o órgão.

As previsões pessimistas foram divulgadas juntamente com o relatório de outono do ministro das finanças, Jeremy Hunt, que prometeu apoiar as famílias durante a recessão e a crise energética e conter a dívida.

Em um programa que ele disse ter sido elaborado para priorizar “estabilidade, crescimento e serviços públicos”, Hunt elevou a carga tributária ao nível mais alto desde a Segunda Guerra Mundial, para 37,1% do PIB — muito acima dos níveis que criaram problemas políticos em março para o Primeiro-Ministro Rishi Sunak quando estava à frente da pasta.

O plano de Hunt foi em parte uma resposta aos 44 dias caóticos do governo de Liz Truss, quando seus £ 45 bilhões em cortes de impostos sem respaldo fiscal provocaram pânico entre os investidores e a libra caiu para mínimas recordes. Para demonstrar seu compromisso com finanças públicas sustentáveis, Hunt anunciou economias de £ 55 bilhões para garantir que a relação dívida/PIB caia até o ano fiscal 2027-28.

Isso significou uma guinada de £ 100 bilhões nas contas em apenas 55 dias pelo mesmo partido conservador.

A combinação de recessão, inflação alta e aperto monetário levou a um aumento de £ 75 bilhões na projeção de necessidades de financiamento para 2027-28, em comparação com as expectativas de março. A agência disse que “quase dois terços foram devidos aos custos mais altos com juros da dívida”.

A dívida pública deve subir de 84,3% do PIB no último ano fiscal para 97,6% em 2026-27, uma máxima de 63 anos, antes de cair ligeiramente, segundo as estimativas.

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