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Economia

Setor de serviços avança 1,7% em março e alcança o maior nível desde 2015

Na comparação com março do ano passado, a alta foi de 11,4%. Já no acumulado do ano, o volume subiu 9,4% frente a igual período de 2021.

Bar em São Paulo; confiança de serviços
6/7/2020 REUTERS/Amanda Perobelli

O volume do setor de serviços do Brasil cresceu 1,7% em março, na comparação com fevereiro, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (12).

Na comparação com março do ano passado, a alta foi de 11,4%.

Já no acumulado do ano, o volume subiu 9,4% frente a igual período de 2021.

Com esse resultado, o setor recupera a perda de 1,8% de janeiro, alcança o maior nível desde maio de 2015 e fica 7,2% acima do patamar pré-pandemia. 

Os resultados ficaram acima das perspectivas de pesquisa realizada pela Reuters, que mostrou expectativas de avanço de 0,7% na comparação mensal e de 8,5% na base anual.

Transportes em destaque

O resultado positivo foi disseminado por todas as cinco atividades investigadas pela pesquisa, com destaque para os transportes (2,7%), que avançam pelo quinto mês consecutivo.

“Dentre os setores que mais influenciaram a alta dessa atividade está o rodoviário de cargas, especialmente o vinculado ao comércio eletrônico e ao agronegócio. É a principal modalidade de transporte de carga pelas cidades brasileiras e seu uso ficou ainda mais acentuado após os meses mais cruciais da pandemia”, explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

“Outra influência foi o transporte aéreo de passageiro, não só por conta do aumento do fluxo de passageiros, o que gerou maiores receitas das companhias aéreas, mas também porque foi ajudado pela queda do preço das passagens aéreas observadas no mês de março”, acrescenta. Com o avanço deste mês, os transportes como um todo estão 18,0% acima do patamar pré-pandemia e atingiram o maior nível da série histórica, iniciada em janeiro de 2011.

Com expansão de 1,7%, os serviços de informação e comunicação recuperaram parte da perda de 4,7% acumulada entre dezembro de 2021 e fevereiro deste ano. O setor exerceu a segunda maior influência sobre o índice geral.

“Esse crescimento de março não elimina a perda dos três meses anteriores, mas o setor ainda opera 10,5% acima do patamar pré-pandemia. O que mais impactou o aumento em março foi o crescimento das receitas de empresas de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca da internet, desenvolvimento e licenciamento de softwares e consultoria em tecnologia da informação”, analisa.

Os setores profissionais, administrativos e complementares (1,5%), prestados às famílias (2,4%) e outros serviços (1,6%) completam a lista dos que cresceram em março. “Dentre as cinco atividades investigadas, somente os serviços prestados às famílias não superaram o patamar pré-pandemia. Isso ocorre por causa da magnitude de impacto que esse setor sofreu com a necessidade de isolamento social, diminuição do deslocamento das pessoas e fechamento total ou parcial dos serviços considerados não essenciais”, lembra Lobo.

Entre as atividades que influenciaram o crescimento do setor estão restaurantes, hotéis e serviços de bufê. Mesmo com o avanço, os serviços prestados às famílias estão 12,0% abaixo do patamar de fevereiro de 2020.

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