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Finanças

7 vezes em que o mercado financeiro foi influenciado por celebridades

Quando os famosos se envolvem de alguma forma com as empresas listadas na bolsa, essa oscilação pode ser inesperada ou até gerar algum mal-entendido.

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Elon Musk, presidente-executivo da Tesla Motors 29/06/2010. REUTERS/Brendan McDermid/Foto de arquivo

As ações de empresas nas bolsas de valores costumam subir e descer todos os dias por influência de inúmeros fatores, desde questões internas até decisões mais complexas como política internacional e comércio exterior. 

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Mas quando alguma celebridade, que muitas vezes não tem nada a ver com o mercado financeiro, se envolve de alguma forma em burburinhos com as empresas listadas na bolsa, essa oscilação pode ser inesperada e até mexer com o ânimo dos investidores.

Campanhas publicitárias, entrevistas, parcerias comerciais, boicotes e até confusão com o nome de ações já foram capazes de alterar o rumo dos papéis no mercado financeiro.

Confira abaixo alguns destes casos:

1 – No clube errado

Após o fundador da Tesla, Elon Musk, entrevistar o CEO da plataforma de investimentos Robinhood, Vlad Tenev, na recém lançada rede social Clubhouse, as ações da Clubhouse Media Group (CMGR) subiram 83%. Contudo, os papéis desta empresa não tinham nada a ver com o aplicativo de voz elogiado pelo CEO da Tesla, e sim com uma compahia que fornece tratamento médico e ensino na área de saúde.

2 – Sinal vermelho

Essa não é a primeira vez que os seguidores de Musk se confundem no mercado financeiro. Há algumas semanas, o bilionário tuitou “use Signal” e as ações da Signal Advance (SIGL) subiram quase 12%. Mas era a Signal errada. Os investidores confundiram o app de mensagens com uma empresa homônima, que desenvolve sensores para a área médica e militar.

3 – ‘Just keep doing it’

O ex-jogador da NFL Colin Kaepernick ganhou destaque internacional ao se ajoelhar durante o hino dos EUA, em protesto contra a brutalidade policial contra os afro-americanos. Para muitos torcedores e fanáticos pelo esporte, incluindo o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, o ato foi interpretado como falta de respeito e resultou em um banimento informal do atleta da liga de futebol americano.

Meses depois, a Nike (NKE) convidou Colin para protagonizar a campanha de 30 anos do slogan “Just do It”, o que gerou uma verdadeira cruzada contra a marca. A empresa viu suas ações negociadas na NYSE despencarem mais de 3% nos primeiros dias, mas bancou a decisão e colheu os frutos: a gigante do sportswear recuperou as perdas, disparou e alcançou o maior valor na história da companhia até aquele momento.

4 – Mind The GAP

A famosa marca de roupas GAP (GPSI34) tem sofrido prejuízos, fechado lojas e lutado contra a falência desde 2018. Essa história ficou mais perto de uma reviravolta em junho de 2020, quando o rapper Kanye West anunciou uma parceria de 10 anos entre sua grife de roupas Yeezy e a marca norte-americana. 

Já nas primeiras horas após a notícia, bastou para as ações da GAP subirem 30,81% na bolsa de valores de Nova York. Um alento para seus investidores e também para os fãs da marca.

5 – Deu um gelo

O gigante das redes sociais Facebook (FBOK34) foi impactado financeiramente por um tweet de Kim Kardashian West, também no ano passado. Na rede, Kim “congelou” suas contas do Instagram e do Facebook por 24 horas e convocou seus seguidores a fazerem o mesmo, como forma de protesto contra a disseminação de mensagens de ódio e desinformação nas redes.

Além dela, outras celebridades como Leonardo DiCaprio, Sacha Baron Cohen, Jennifer Lawrence e a cantora Katy Perry aderiram ao boicote e desaceleraram os ganhos da empresa.

6- Deboche caro

Bastou uma frase da socialite Kylie Jenner, irmã de Kim Kardashian, para o aplicativo de mensagens instantâneas Snapchat (SNAP) afundar ainda mais na crise. “Entãooo alguém mais não abre mais o Snapchat? Ou sou só eu… ugh isso é tão triste.”, tuitou Jenner, e então o valor da ação da Snap Inc. caiu mais de 6% na bolsa de Wall Street, o que representou uma perda de US$ 1,3 bi em capitalização de mercado. 

Atualmente, a empresa tem US$ 944,8 milhões em dívidas e sofre com a falta de usuários, após recusar uma proposta de compra bilionária do Instagram e ver a rede adotar o mesmo modelo de “conteúdos de 24h de duração” da plataforma.

7 – Inclusão em alta

As ações da Natura (NTCO3) dispararam em setembro do ano passado após o ator transgênero Thammy Miranda ser convidado para participar de uma das ações de campanha do Dia dos Pais da empresa. A ação gerou polêmicas e repercussões preconceituosas nas redes sociais.

Apesar da tentativa de boicote de setores conservadores, o valor das ações da companhia saltaram 6,73% à época. A Natura se posicionou contra os ataques preconceituosos, e apesar do número, afirmou que o crescimento era reflexo da boa gestão e conduta da empresa durante o ano, e não apenas da campanha com Thammy.

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