As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) futuros, chamada curva de juros, registravam queda na tarde desta quinta-feira (30), com o mercado repercutindo o novo arcabouço fiscal anunciado nesta manhã pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e que visa substituir o teto de gastos.
A regra proposta prevê limitar o crescimento dos gastos da União a 70% da receita do ano anterior. Com isso, o aumento das despesas fica sujeito ao crescimento da arrecadação.
O contrato futuro com vencimento em julho de 2025, por exemplo, atingia 11,99%, contra 12,09% no fechamento de ontem, enquanto o papel com vencimento em janeiro de 2029 registrava taxa de 12,62%, contra 12,71% registrado na véspera.
Na prática, significa que o mercado reduziu as expectativas das taxas de juros para prazos mais longos.
O alívio na curva de juros influenciava positivamente os papéis das companhias ligadas ao mercado interno, que são mais afetadas com a elevação dos juros.
A ação da CVC (CVCB3) tinha a maior alta do principal indicador da B3, o Ibovespa, ao avançar mais de 8%. As varejistas Via (VIIA3) e Magalu (MGLU3) também operavam no positivo, com valorização superior a 4%.
Tesouro Direto
Os rendimentos dos títulos do Tesouro também recuavam no início da tarde. O Tesouro Prefixado 2033, por exemplo, oferecia uma rentabilidade anual de 12,88%, enquanto na véspera encerrou com uma taxa de 12,98%. Já o Tesouro Prefixado 2029 apresentava taxa de 12,76%, contra 12,85% na véspera.
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