Dia otimista para os mercados globais, o Ibovespa chegou a bater um novo recorde histórico de 120.668,92 pontos na sua máxima intradia, puxado principalmente por ações de commodities (Petrobras e siderúrgicas) e bancos. No entanto, após alguns tumultos em Washington que reduziram os ganhos nas bolsas americanas, o índice brasileiro também realizou lucros.
O Ibovespa fechou em queda de 0,23%, a 119.100,08 pontos nesta quarta-feira (6). O recorde de fechamento é de 119.527,63 pontos, alcançado em 23 de janeiro do ano passado.
O índice da B3 também embarcou na “onda azul’ acompanhando o movimento dos investidores em Wall Street que parecem ter aceitado a perspectiva de que o Senado também pode ser democrata. Com Biden na presidência, e o Senado também “azul” há otimismo com a aprovação de mais estímulos para auxiliar a economia americana.
Durante o dia os índices Dow Jones e S&P 500 também bateram recordes. Enquanto Nasdaq teve leve desvalorização por causa de que democratas no poder se traduz em um futuro com mais impostos para as big techs. No entanto, no final da tarde Wall Street reduziu ganhos com tensões relacionadas a protestos pró-Trump no Congresso norte-americano.
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,44% aos 30.829,40 renovando máxima histórica de fechamento. O S&P 500 subiu 0,57% e o Nasdaq recuou 0,61%.
Na Europa, também foi um dia de fortes ganhos. Todas as bolsas fecharam em alta puxadas por indicadores econômicos positivos e avanços no processo de vacinação contra a covid-19 no continente. A União Europeia deu o aval final para o uso da vacina da Moderna contra o coronavírus.
Os investidores também reagiram positivamente a onda azul nos Estados Unidos.
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No cenário doméstico, enquanto o mercado financeiro ignora as declarações do presidente Jair Bolsonaro de que o Brasil está “quebrado”, o dólar faz a festa.
A moeda americana teve um dia de forte volatilidade nesta quarta-feira (6), oscilando entre ganhos e perdas, com a pressão levando o Banco Central a fazer oferta extraordinária de liquidez para amenizar a volatilidade.
O dólar até chegou a operar estável por volta das 16h, mas voltou a subir diante de tensões relacionadas a protestos pró-Donald Trump no Congresso norte-americano.
O dólar comercial fechou em alta de 0,80%, cotado a R$ 5,3024. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a R$ 5,3594.
Destaques da Bolsa
As siderúrgicas dominaram as altas desta quarta-feira, acompanhando a valorização do minério de ferro com aumento da demanda chinesa. Gerdau (GGBR4) foi o destaque positivo do dia, com valorização de 4,95%. Seguido por Usiminas (USIM5), com alta de 4,11% e Gerdau Metalúrgica (GOAU4) e CSN (CSNA3) que avançaram 4,06% e 4,05%, respectivamente.
No lado oposto do Ibovespa, recuou o varejo. As ações da B2W (BTOW3) fecharam em queda de 6,93% e os papéis das Lojas Americanas (LAME4) caíram 5,74%.
Ainda entre os piores desempenhos do dia estava a Eneva (ENEV3) que desvalorizou 5,67%.
Bolsas americanas
Os índices Dow Jones e S&P 500 encerraram em alta, atingindo máximas históricas nesta quarta-feira (6), com investidores comprando ações dos setores financeiro e industrial, diante de apostas de que uma vitória democrata no Estado da Geórgia levaria a mais estímulos fiscais e gastos com infraestrutura.
No entanto, Wall Street reduziu os ganhos, e o índice Nasdaq fechou em queda, depois que uma multidão de manifestantes invadiu o Capitólio nesta quarta-feira, enquanto tentava forçar o Congresso a anular a derrota eleitoral do presidente Donald Trump para Joe Biden. No Capitólio, a polícia local respondeu à invasão sacando armas e com gás lacrimogêneo.
O índice Dow Jones avançou 1,44%, aos 30.829,4 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,57%, aos 3.748,2 pontos, e o Nasdaq recuou 0,61%, aos 12.740,79 pontos.
Bolsas na Europa
As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira (6), embaladas por indicadores econômicos positivos e avanços no processo de vacinação contra o coronavírus no continente. Investidores repercutiram também o bom desempenho dos democratas nas eleições às duas vagas da Geórgia no Senado do Estado Unidos, que deixou o partido próximo de conquistar a maioria na Casa.
O índice pan-europeu Stoxx 600, que reúne as principais ações da região, encerrou o pregão com ganho de 1,36%, a 40,641 pontos. O subíndice de energia saltou 3,80%, impulsionado pelos papéis de petroleiras, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) manter postura cautelosa em relação à oferta da commodity.
Em Londres, as ações de Royal Dutch Shell e BP se valorizaram 5,89% e 6,35%, respectivamente. As duas empresas ajudaram o índice FTSE 100 a encerrar a sessão em alta de 3,47%, a 6.841,86 pontos.
Uma série de dados econômicos contribuiu para a injetar ânimo nos negócios europeus. Na Alemanha, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto subiu de 51,7 em novembro para 52 em dezembro de 2020, segundo pesquisa da IHS Markit.
O mesmo indicador saltou de 49 para 50,4 no Reino Unido e de 45,3 a 49,1 na zona do euro, ambos na mesma comparação. Nesse último, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 0,4% em novembro ante outubro, segundo a Eurostat.
Outra notícia que favoreceu o humor nas mesas de operações foi o a autorização na União Europeia do uso emergência da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica Moderna.
Com isso, o CAC 40, de Paris, ganhou 1,19%, a 5.630,60 pontos, e o DAX, de Frankfurt, cresceu 1,76%, a 13.891,97 pontos.
Em Milão, o FTSE MIB 2,40%, a 22.734,32 pontos.
Nos Estados Unidos, as atenções se voltaram ao pleito na Geórgia. Por volta das 4h30, boa parte da imprensa americana projetou que o democrata Raphael Warnock derrotou a senadora republicana Kelly Loeffler.
Na outra disputa, o democrata Jon Ossoff aparecia com 50,2% dos votos, ante 49,8% do oponente, David Perdue. Se esse resultado se confirmar, os dois partidos terão 50 senadores cada e, com o voto de Minerva da futura vice-presidente, Kamala Harris, os democratas controlam a Casa.
De olho nisso, o Ibex 35, de Madri, ganhou 3,20%, a 8.350,30 pontos, enquanto o PSI 20, de Lisboa, se valorizou 3,19%, a 5.168,32 pontos.
*Com Reuters e Agência Estado
*Diferentemente do que foi informado antes os protestos não ocorreram em Nova York e sim no Congresso americano em Washington