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Banco do Brasil receberá tokens de commodities agrícolas como pagamento

Os “Agrotokens” são lastreados ao preço da soja, milho e trigo.

*ARTIGO

A revolução tecnológica e a inovação estão transformando indústrias inteiras, e o setor agrícola não fica de fora desse movimento. O Banco do Brasil (BBAS3) tomou a iniciativa de abraçar essa transformação ao se associar à Agrotoken, uma empresa especializada na tokenização de commodities agrícolas

Juntos, eles estão lançando uma nova maneira de transacionar no agro, com um foco direto no produtor rural. 

Startup Agrotoken transforma a produção agroindustrial em ativos digitais lastreáveis. (Imagem: Reprodução)

A plataforma digital do banco para o agronegócio, o Broto, será o palco dessa revolução, em que integrará tokens RWA (Real World Asset) em sua estrutura. A parceria permitirá que os produtores adquiram insumos agrícolas como máquinas e fertilizantes na plataforma, utilizando sua própria produção da Agrotoken — transformadas “Agrotokens” — como forma de pagamento.

Por sua vez, esses Agrotokens têm valores atrelados ao preço da soja, milho e trigo, e podem ser usados em troca de produtos e serviços tal como os da plataforma Broto.

Os “Agrotokens” são lastreados ao preço da soja, milho e trigo. (Imagem: Reprodução)

A colaboração entre o Banco do Brasil e a Agrotoken visa fornecer soluções digitais integradas para os agricultores. O objetivo é trazer a agilidade, segurança e eficiência do blockchain e da tokenização para o agronegócio, eliminando burocracias e simplificando o processo para os produtores.

A iniciativa também ressalta como a agricultura e a tecnologia podem coexistir de maneira harmoniosa e mutuamente benéfica. Por outro lado, essa parceria não é apenas um movimento isolado. Ela reflete uma tendência maior no mundo dos negócios, onde a tokenização está se tornando cada ve

Como vai funcionar, na prática?

O produtor acessa a plataforma Broto, seleciona os itens desejados e opta pelo pagamento com grãos. A partir daí, um processo fluido é iniciado, culminando na tokenização dos grãos e no pagamento da transação.

Os grãos são convertidos em tokens, o produtor é informado sobre a equivalência e a revenda emite um link de pagamento através do aplicativo da Agrotoken. Então, a transação é autorizada pelo produtor e a plataforma converte os tokens em pagamento em reais para a revenda — como se fosse em um swap em uma corretora de criptomoedas como Uniswap (UNI).

Na prática, suponhamos que um produtor rural decida adquirir um maquinário agrícola para otimizar suas atividades. Ao utilizar a plataforma Broto, o produtor seleciona o equipamento desejado e também a opção de adotar o método de pagamento com grãos. A partir daí, a Agrotoken converte a quantidade de grãos necessária em tokens, que representam de maneira precisa — e real — o valor do maquinário. Posteriormente, esses Agrotokens são transferidos como pagamento ao vendedor do maquinário.

Banco do Brasil, metaverso e criptomoedas

O Banco do Brasil tem demonstrado sua vontade de explorar o potencial das inovações tecnológicas, especialmente no cenário das criptomoedas e da tokenização, há tempos. 

A entrada na área de tokenização agrícola se soma a uma série de outras ações voltadas para a modernização do setor financeiro e a integração de soluções digitais que o banco vem adotando. 

Nos últimos anos, o banco tem se destacado por suas incursões no mercado de criptoativos de diversos modos, incluindo os serviços de investimentos em ETFs e fundos de criptomoedas, as integrações de soluções baseadas em blockchain e a participação no desenvolvimento do Drex, nome atual do real digital.

Não menos importante, o movimento do Banco do Brasil de receber commodities agrícolas tokenizadas como pagamento é uma prova concreta de que a tecnologia e a inovação estão moldando o futuro do agro — que, inegavelmente, é um dos motores econômicos do Brasil — e também das empresas tradicionais.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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