*ARTIGO
O bitcoin (BTC), também conhecido como ouro digital, tem sido considerado por muitos como uma opção de investimento interessante, e foi recentemente classificado como o melhor ativo de 2023 por ninguém menos que o renomado Goldman Sachs (GSGI34).
No seu recente relatório, o banco colocou o BTC com retornos de 27%, uma gigantesca margem de diferença, em relação ao segundo colocado, o índice de investimentos em mercados emergentes (MSCI Emerging Market), com ganhos de 8%.
Em tradução, isso significa que, segundo o banco, a maior criptomoeda do mundo superaria os ativos tradicionais tidos como “seguros e com ótimos retornos”, como ouro, imóveis e ações nas principais bolsas de valores, mesmo em um cenário de bear market.
Descrição: Goldman Sachs colocou o Bitcoin como melhor ativo de 2023/ Fonte: Thread feita no Twitter @DocumentingBTC
Quanto ao Goldman Sachs, essa não é a primeira vez que ele faz menção positiva ao bitcoin. No início de 2021, por exemplo, o bancão também classificou o BTC como o melhor ativo de desempenho do ano — como já havia acontecido em 2020 —, quando rendeu 60% ao longo do ano, deixando o petróleo cru em segundo lugar, com 55% de valorização.
Melhor risco-retorno é sinônimo de bitcoin
O mercado de criptomoedas perdeu mais de 60% do seu valor de mercado em 2022 e só recentemente voltou a acumular mais de US$ 1 trilhão.
Por conta dessa volatilidade e grande alta, o risco-retorno do BTC foi de 3,1%. Em contrapartida, o Tesouro americano e o ouro apareceram com riscos de 1,8% e 2%, respectivamente.
Tendo em conta que qualquer ativo, financeiro ou não, apresenta riscos, isso significa que o bitcoin é a melhor opção atual do mercado.
Mas por que o BTC tem se mostrado tão valioso? Pelo “simples fato” de ser uma moeda digital descentralizada — ou seja, não é controlada por nenhum governo ou banco central — e ter algumas características diferenciadas de qualquer outro ativo do mercado tradicional.
Escassez, descentralização e taxa de emissão decrescente
Criada no final de 2018 por um indivíduo (ou grupo de indivíduos) conhecido como Satoshi Nakamoto, o bitcoin é uma exímia solução anti-inflacionária para lidar contra o domínio dos governos e instituições financeiras sobre o sistema monetário.
Mas então, por que o bitcoin é tão valioso? A resposta está na sua tecnologia, que inclui além da descentralização, uma oferta limitada com taxa de emissão decrescente ao longo dos anos.
Para se ter uma ideia, a quantidade total máxima de bitcoins que poderão ser criados é limitada a 21 milhões de unidades, sendo que o número de novas moedas na sofre redução de 50% a cada 4 anos pelo fenômeno do halving.
Isso significa que, conforme mais pessoas passam a usar e valorizar o BTC, a oferta se torna cada vez menor, o que aumenta o seu valor. E não à toa, ele tem sido um investimento que tem se mostrado muito rentável ao longo dos anos.
Bitcoin x investimentos tradicionais no tempo
De fato, o bitcoin é uma forma de investimento relativamente nova e volátil, onde não raro seu preço varia drasticamente — para cima ou para baixo — em curtos períodos de tempo. No entanto, no longo prazo, o BTC conta com uma valorização significativa.
A começar pelo histórico de desempenho, desde sua criação, o preço de cada BTC tem crescido exponencialmente, superando até mesmo o rendimento de ativos considerados seguros, como o ouro e a renda fixa.
Em 2020, por exemplo, ele teve um retorno de mais de 300%, enquanto o ouro teve um retorno de apenas cerca de 20%. E mesmo em 2021, quando muitos outros investimentos sofreram com a incerteza econômica causada pela pandemia, o bitcoin continuou a subir, ultrapassando até mesmo índices de ações tradicionais, como o S&P 500 e o Nasdaq.
Isso sem contar que, em comparação com imóveis físicos, por exemplo, a criptomoeda é uma forma mais líquida de investimento – mais fácil de vender e comprar, e ainda tem o “plus” da falta de necessidade de se preocupar com manutenção ou outros custos associados a imóveis.
Finalmente, o BTC também é uma forma de investimento que pode ser acessível a qualquer pessoa, independentemente de sua renda ou patrimônio líquido. Isso é diferente de outras formas de investimento, como ações ou títulos, que geralmente exigem uma certa quantia de dinheiro para começar.
*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.
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