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Finanças

Bolsa fecha semana em queda com avanço da covid-19, PEC e tensão política

Já o dólar fechou em alta, mas caiu na semana após intervenções do BC.

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A bolsa fechou em queda nesta sexta-feira (12), acumulando perdas de 0,9% nesta semana, marcada por cenário político conturbado, avanço da pandemia e repercussão da aprovação da PEC Emergencial. Já o dólar fechou em alta, mas caiu mais de 2% na semana após uma sequência de intervenções do Banco Central.

O Ibovespa, o principal índice da B3, fechou o pregão em queda de 0,72%, aos 114.160 pontos. Veja mais cotações.

Já o dólar avançou 0,30%, cotado a R$ 5,5591. Na semana, no entanto, a moeda caiu 2,15%.

A demanda global pelo dólar foi reflexo de um novo movimento de alta dos rendimentos dos títulos dos Estados Unidos, que voltaram a subir após a aprovação do pacote de estímulos em resposta à covid-19 no país, em meio a apostas cada vez maiores numa aceleração da inflação norte-americana.

Cenário interno

No Brasil, a Câmara dos Deputados concluiu a votação da PEC Emergencial, que estabelece condições para a concessão do auxílio emergencial aos vulneráveis atingidos pela pandemia de covid-19 em um montante de até de R$ 44 bilhões por fora das regras fiscais em 2021, e também traz gatilhos a serem acionados para conter despesas públicas.

No cenário político, o mercado repercute a notícia de que a Procuradoria-Geral da República recorreu da decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal do Paraná em investigações da Lava Jato.

Os investidores também acompanham o aumento de casos de covid-19.

Na agenda da próxima semana, o mercado aposta por um ajuste entre 0,5 e 0,75 ponto percentual da taxa Selic, que atualmente está no patamar de 2% ao ano. O Copom deve decidir sobre os juros na quarta-feira (17).

Destaques da bolsa

Entre os destaques desta sexta, a maior alta foi da Embraer (EMBR3), que valorizou 4,80%, seguida de Multiplan (MULT3) e Eztec (EZTC3), que avançaram 3,94% e 3,03%, respectivamente.

No lado oposto do Ibovespa, o varejo recuou com força. A maior queda foi da B2W (BTOW3) que fechou em baixa de 5,21%, seguida por Via Varejo (VVAR3) e Lojas Americanas (LAME4), que caíram 4,22% e 3,56%, respectivamente.

O setor de varejo do Brasil abriu o ano com novo recuo, após queda histórica em dezembro, com impactos das medidas de contenção diante da piora da pandemia do coronavírus.

Ainda entre os destaques do mercado corporativo, as ações Copel (CPLE3 e CPLE6) subiram 3,42% e 2,67%, após acionistas aprovarem novo estatuto, que prevê o desdobramento de ações da companhia, na proporção de 1 para 10 papéis, e a formação de Units, sendo cada Unit composta de 5 ações, uma delas ordinária e quatro preferenciais classe B.

O documento também prevê adesão ao Nível 2 de governança corporativa da B3. Esse movimento, no entanto, está condicionado à realização de uma oferta secundária de ações na qual o governo do Paraná venderia parte de sua fatia na elétrica.

Bolsas globais

O índice Dow Jones cravou seu quinto recorde consecutivo nesta sexta, com investidores comprando ações que devem se beneficiar de uma ampla reabertura da economia dos Estados Unidos, perspectiva sinalizada pela elevação dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.

Já o índice tecnológico Nasdaq recuou depois de se recuperar em mais de 6% nos últimos três dias, e o S&P 500 fechou em torno da estabilidade após atingir uma máxima recorde na sessão anterior, com o aumento dos yields dos Treasuries servindo de lembrete de preocupações com a inflação.

Os três principais índices acionários registraram sua melhor semana em cinco, depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, sancionar na quinta-feira um dos maiores pacotes de estímulo fiscal da história do país e de dados reforçarem avaliações de que a economia está a caminho de uma robusta recuperação.

  • Dow Jones subiu 0,9%, para 32.777,33 pontos
  • O S&P 500 ganhou 0,10%, para 3.943,32 pontos
  • Nasdaq Composite caiu 0,59%, para 13.319,87 pontos

A alta nos rendimentos dos títulos dos EUA pressionou as ações europeias para baixo nesta sexta-feira, embora as principais bolsas tenham caminhado para ganhos semanais, já que programas de estímulo e vacinação elevaram as esperanças de uma sólida recuperação econômica.

O índice STOXX 600 teve queda de 0,3% depois que uma sequência de ganhos, por quatro sessões, levou o índice às máximas pré-pandêmicas na véspera. O índice registrou avanço semanal de 3,5%, seu melhor desempenho desde novembro.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,36%, a 6.761,47 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,46%, a 14.502,39 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,21%, a 6.046,55 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,03%, a 24.113,22 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,60%, a 8.644,50 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,50%, a 4.849,19 pontos.

As ações asiáticas permaneceram em máximas recordes nesta quinta-feira com os investidores digerindo fortes ganhos recentes, em meio à promessa de dinheiro após leitura benigna de inflação nos Estados Unidos e um cenário “dovish” do Federal Reserve.

  •  Em TÓQUIO, o índice Nikkei permaneceu fechado.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,45%, a 30.173 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC não teve operações. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, não abriu.
  • Em SEUL, o índice KOSPI permaneceu fechado.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX não teve operações.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,01%, a 2.925 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,10%, a 6.850 pontos.

*Com Reuters e Estadão Conteúdo.

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