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Finanças

Bolsa fecha em queda, puxada siderúrgicas; dólar sobe

Ibovespa, caiu 0,5%, aos 120.636 pontos, e o dólar foi a R$ 5,3456, alta de 0,77%.

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A bolsa de valores brasileira fechou em queda nesta terça-feira (19), com as ações de siderúrgicas entre as maiores quedas do dia. Já o dólar fechou em alta relação ao real, com investidores de olho nas declarações da futura secretária do Tesouro dos Estados Unidos e ex-presidente do banco central do país, Janet Yellen. As preocupações sobre a questão fiscal no Brasil também pesaram sobre os mercados.

O principal índice da B3, o Ibovespa, caiu 0,5%, aos 120.636 pontos. Já o dólar comercial encerrou o dia a R$ 5,3456, subindo 0,77%.

A transição de governo nos Estados Unidos, com a posse de Joe Biden marcada para quarta-feira (20), segue sob das atenções do mercado. Em seu discurso a parlamentares do Senado em sua audiência de confirmação, Yellen pediu que eles “agissem grande” em relação aos estímulos à economia para enfrentar a crise do coronavírus.

No Brasil, o dia foi marcado ainda por novos ruídos envolvendo uma prorrogação no auxílio emergencial ligado à pandemia de covid-19.

“É o risco fiscal voltando”, afirmou o diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos, chamando também a atenção para a alta do risco país e valorização do dólar em relação ao real.

Ele destacou a disputa pelo comando da Câmara dos Deputados, com o candidato Baleia Rossi (MDB-SP) – que tem o apoio do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ) – se mostrando a favor da continuidade da ajuda.

Para Campos, preocupa ter um presidente da Câmara não alinhado ao governo em pautas como a fiscal, particularmente com o presidente Jair Bolsonaro vendo sua popularidade cair com a piora da percepção sobre a atuação dele no combate ao Covid-19.

Ainda do cenário interno, o salto de 2,37% do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) na segunda prévia de janeiro reforçou as previsões de que o Banco Central deve abandonar o compromisso de deixar os juros estáveis sob determinados critérios. Apesar disso, a expectativa para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que se inicia nesta terça é de que a Selic seja mantida em 2%.

O risco de atraso na vacinação para covid que pode impactar no desenvolvimento da economia em 2021, somado a especulação em cima do auxílio emergencial, fez com que a bolsa e o real tivessem um desempenho ruim no dia e bem abaixo da média do mercado”, disse Flávio Aragão, sócio da 051 Capital. “Somado aos fatores citados, os dados de inflação divulgados acima da expectativa pressionaram a curva de juros e o mercado agora aguarda o resultado da reunião do Copom.”

Na segunda-feira (18), o Ibovespa fechou em alta de 0,74%, aos 121.241,63 pontos, puxado pelo desempenho das ações de siderurgia, mineração e Petrobras. O dólar fechou em leve alta de 0,01% cotado a R$ 5,3047.

Destaques da bolsa

VALE (VALE3) terminou em baixa de 0,27%, em sessão de fraqueza dos preços futuros do minério de ferro no mercado chinês, na esteira do enfraquecimento nas margens do aço na China. No setor de mineração e siderurgia, CSN (CSNA3) capitaneou as perdas com declínio de 5,71%.

PETROBRAS PN (PETR4) subiu 2,21%, com a alta do petróleo no exterior. A petrolífera recebeu nova autorização do Ministério de Minas e Energia para importar gás natural da Bolívia, enquanto Credit Suisse elevou o preço-alvo do ADR.

BTG PACTUAL (BPAC11) avançou 3,12%, tendo no radar precificação de oferta de ações nesta semana. Na máxima, bateu o recorde de R$ 97,37. Entre os bancos do Ibovespa, ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) cedeu 1,19% e BRADESCO PN (BBDC4) caiu 1,6%.

WEG (WEGE3) fechou em baixa de 2,83%, atingida por realização de lucros, um dia após renovar máximas históricas.

TOTVS (TOTS3) subiu 2,5%, no segundo dia de alta. Na semana passada, a companhia divulgou que avalia a potencial aquisição da RD Gestão e Sistemas, mas que até aquele momento não firmara documento vinculante para concretizar a transação. 

Bolsas globais  

Os principais índices acionários de Wall Street subiram nesta terça, à medida que Yellen defendeu um forte pacote de auxílio fiscal.

  • O Dow Jones subiu 0,38%, aos 30.930,52 pontos
  • O S&P 500 ganhou 0,81%, para 3.798,91 pontos
  • O Nasdaq teve alta de 1,53%, para 13.197,18 pontos

Já as ações europeias recuaram nesta terça, já que a possível prorrogação do lockdown em razão do coronavírus na Alemanha levantava preocupações sobre os danos aos balanços corporativos e ao crescimento econômico. Depois de ganhar quase 0,5% na abertura, o índice pan-europeu STOXX 600 passou a cair e fechou em queda de 0,2%.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,11%, a 6.712 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,24%, a 13.815 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,33%, a 5.598 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,25%, a 22.441 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,67%, a 8.199 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,35%, a 5.077 pontos.

Já os índices acionários da China recuaram nesta terça, com o ressurgimento dos casos de covid-19. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 1,47%.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,39%, a 28.633 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 2,70%, a 29.642 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,83%, a 3.566 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,47%, a 5.437 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 2,61%, a 3.092 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 1,70%, a 15.877 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,18%, a 2.995 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,19%, a 6.742 pontos.

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*Com informações da Reuters

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