ARTIGO*
Independente da queda do mercado no segundo trimestre de 2022, que foi um dos períodos mais arriscados e desafiadores para as criptomoedas, a confiança no bitcoin (BTC), a maior criptomoeda do mercado, permanece inabalável.
Mesmo sem regulamentação, e em pleno ciclo de baixa (bear market), o Brasil, conforme terceira edição do Global Crypto Adoption Index, se encontra no sétimo lugar do mundo entre os países do mundo com maior número de cripto investidores, contando com mais de 10 milhões de early adopters, algo em torno de 5% da população.
Não à toa, segundo divulgado no relatório Crypto Pulse, feito pela corretora (exchange) Bitstamp, uma das maiores do mercado, a confiança dos brasileiros na moeda é uma das maiores das Américas.
Entre os brasileiros, a confiança no bitcoin se faz presente entre 77% dos entrevistados, ante 70% no México e 50% no Canadá. Bobeira? Não mesmo. O dado se mostra extremamente relevante visto que 28 mil investidores no mundo todo foram entrevistados, um número bem representativo.
Embora a grande maioria dos investidores ainda desconheça ou olhe com desconfiança para os ativos digitais, o mercado vem crescendo exponencialmente – a tal ponto que já supera com os cerca de 4 milhões de investidores na B3.
A segurança do BTC atrai
O bitcoin funciona sem uma entidade central, portanto pode ser negociado livremente entre os usuários. Além disso, é um ativo extremamente seguro, pois conta com características como:
- Independência da internet: sua rede pode ser acessada por satélite, rádio amador, SMS, entre outros.
- Criptografado: todos registros são feitos por criptografias, códigos alfanuméricos indecifráveis.
- Transações públicas: as movimentações são transparentes e auditáveis, mesmo que a identificação dos envolvidos seja privada.
Adoção e dominância são imparáveis
Com grandes cases aderindo produtos de cripto, como Nubank (NUBR33), BTG Pactual (BPAC3) e XP Inc (XPBR31), a convergência dos mercados tradicionais com o de criptomoedas é a principal tendência no Brasil e no mundo.
Além disso, o avanço da regulação de criptomoedas no Brasil pode gerar ainda mais adoção e injeção de capital financeiro. Mesmo que pareça contraditório, um mercado regulado cria um ambiente mais “seguro” e atrativo para investidores conservadores darem o pontapé no criptomercado.
O potencial do bitcoin e de toda tecnologia que o envolve é enorme, tanto para investidores quanto para negócios. É questão de tempo para que os ativos digitais se tornem parte do dia a dia da população e deixem de ser “novidade”.
Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano. |
*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.
Veja também
- Setor de criptomoedas dos EUA torce por uma Washington mais amigável — seja lá quem ganhar a Casa Branca
- Preço do Bitcoin ultrapassa US$ 71 mil e volta a rondar máxima histórica
- Regulador americano aprova ETFs de opções de bitcoin na bolsa de NY
- ‘Eu não sou o Satoshi Nakamoto’, diz homem que a HBO sugere ter criado o Bitcoin
- A geração Z vai mudar o mundo. E isso é um mau presságio para a poupança