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Finanças

Dólar sobe e fecha em R$ 5,16, acompanhando alta dos Treasuries

Já o Ibovespa teve dia de queda, com o mercado de olho em dados dos EUA.

O dólar fechou em alta sobre o real nesta quinta-feira (5), uma vez que os rendimentos dos Treasuries continuavam em patamares elevados, enquanto o mercado acompanhava dados cruciais de emprego dos Estados Unidos. Já o Ibovespa teve dia de queda.

O dólar subiu 0,32%, a R$ 5,1687, após chegar a mais de R$ 5,18 na máxima do dia. O Ibovespa recuou 0,28%, aos 113.284 pontos.

De olho nos Estados Unidos

Os rendimentos dos títulos do governo norte-americano retomavam a alta após breve trégua, rondando os níveis mais altos desde 2007 conforme os investidores reprecificam a chance de o Federal Reserve (Fed) manter os juros elevados por mais tempo.

“Ao todo, o ambiente ainda é de cautela entre investidores, que ficam no aguardo de mais uma sequência de dados de mercado de trabalho nos EUA, após números conflitantes trazidos pelo relatório Jolts e o ADP terem gerado mais volatilidade no mercado de taxas futuras americanas esta semana”

Guide investimentos, em relatório

O relatório de emprego Jolts, divulgado na terça-feira, indicou que as vagas de emprego em aberto nos Estados Unidos aumentaram inesperadamente em agosto, sinal de aperto no mercado de trabalho que jogaria a favor de um cenário de juros mais altos. Por outro lado, dados separados de quarta mostraram que a criação de vagas no setor privado dos Estados Unidos ficou bem abaixo do esperado em setembro, segundo o Relatório Nacional de Emprego da ADP.

Anúncio de vaga de emprego em Nova York 26/05/2021. REUTERS/Andrew Kelly/File Photo

Agora, novos números sobre o mercado de trabalho dos EUA podem dar pistas sobre se a liquidação dos títulos norte-americanos vai continuar. Os números dos pedidos de auxílio-desemprego no país foram divulgados nesta quinta-feira, mostrando alta moderada nas solicitações, e serão seguidos na sexta pelo relatório de emprego e taxa de desemprego do governo.

“Este dado está sendo acompanhado de perto pelos diretores do Federal Reserve como um dos principais indicadores do futuro comportamento da inflação no país”, disse José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos.

“O mercado de trabalho continua muito apertado… o que indica a necessidade de mais aumento da taxa de juros e sua manutenção em nível elevado durante um longo período de tempo. Em outras palavras, caso o dado que será divulgado amanhã mostre um mercado de trabalho ainda apertado, a reação do mercado financeiro deverá voltar a ser negativa”

José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos

Juros mais altos nos EUA elevam os retornos oferecidos por investimentos denominados em dólar, o que costuma elevar a demanda pela moeda a nível global e minar ativos arriscados, como as ações e moedas de países emergentes.

E a Selic?

Em evento em São Paulo, o diretor de Política Monetária do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira que a possibilidade de o Fed manter os juros altos por mais tempo é um tema central e que a alta dos yields dos títulos dos EUA tem afetado previsões sobre a Selic no relatório Focus.

Ele observou que, normalmente, um cenário externo de juros altos não é bom para países emergentes, mas ressaltou que o Brasil tem uma posição bastante privilegiada por ter reservas internacionais robustas.

Bolsas mundiais

Wall Street

O índice S&P 500 encerrou em ligeira queda depois que as ações dos Estados Unidos subiram frente aos menores níveis da sessão, com investidores à espera do relatório mensal de empregos dos EUA na sexta-feira e possíveis pistas adicionais sobre as perspectivas para a taxa de juros.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,13%, para 4.258,35 pontos nesta quinta-feira. O índice de tecnologia Nasdaq caiu 0,12%, para 13.219,06 pontos. O Dow Jones teve variação negativa de 0,06%, para 33.110,63 pontos.

Europa

 As ações europeias fecharam em alta nesta quinta-feira, após três dias de quedas, diante de alívio nos rendimentos tanto dos Treasuries quanto dos títulos da zona do euro, enquanto uma baixa nos preços do petróleo impulsionou os papéis de companhias aéreas.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,53%, a 7.451,54 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,20%, a 15.070,22 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,02%, a 6.998,25 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,20%, a 27.490,81 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,60%, a 9.157,70 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,67%, a 5.863,42 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações de Hong Kong se recuperaram de uma mínima de 11 meses e fecharam em ligeira alta nesta quinta-feira, acompanhando a firmeza dos mercados estrangeiros uma vez os rendimentos dos Treasuries saíram do pico de 16 anos após dados de trabalho mais fracos.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,80%, a 31.075 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,10%, a 17.213 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC não teve operações.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, permaneceu fechado.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,09%, a 2.403 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 1,11%, a 16.453 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,24%, a 3.155 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,51%, a 6.925 pontos.

(* Com informações da Reuters)

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