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Finanças

Dólar fecha estável sobre o real, em dia de alta da moeda no exterior

Mercado acompanha discussões sobre dívida do governo dos EUA; Ibovespa recuou.

O dólar à vista oscilou entre altas e baixas na sessão desta terça-feira (23), com o exterior impulsionando as cotações por um lado e o fluxo de entrada de recursos estrangeiros depreciando por outro, até que a moeda norte-americana encerrou o dia muito próxima da estabilidade. Já Ibovespa fechou em queda, pressionado pelo recuo das ações da Vale.

No dia, o dólar subiu 0,02%, a R$ 4,9711. O Ibovespa caiu 0,26%, aos 109.928 pontos.

No fim da tarde, a taxa do Depósito Interbancário (DI) para janeiro de 2024 estava em 13,295%, ante 13,315% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 11,68%, ante 11,74% do ajuste anterior. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2026 estava em 11,155%, ante 11,27% do ajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,195%, ante 11,334%.

Dívida dos EUA

Na noite de segunda-feira (22), o presidente norte-americano, Joe Biden, e o presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, encerraram as discussões novamente sem acordo sobre o aumento do teto da dívida do governo.

Em comunicado a clientes, a equipe da Guide Investimentos ponderou que os investidores estão “no limbo” em função desta falta de acordo.

“O consenso de mercado ainda é que um acordo será anunciado de modo a evitar um calote inédito da dívida americana, o que seria desastroso tanto para a imagem do governo como para os mercados, mas à medida que o mês de maio vai chegando ao fim, também poderemos ver um aumento da volatilidade – principalmente no mercado de títulos”

Guide investimentos

Aos clientes, a equipe da Commcor DTVM ponderou que um calote dos EUA é “um cenário improvável”. “Mas suas possíveis consequências deixam os investidores atentos às negociações e à espera de uma definição”, registrou.

Arcabouço fiscal

No Brasil, as atenções ficaram voltadas para a tramitação do novo arcabouço fiscal, que pode ser votado no Congresso nesta terça ou na quarta-feira.

“A questão local também está atraindo a atenção dos investidores estrangeiros e locais. Vai haver a reunião de líderes de partidos para definição da data de votação do arcabouço fiscal, e isso me parece também estar no centro das atenções”, pontuou Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital.

Deputado Cláudio Cajado (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)
Deputado Cláudio Cajado (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

O relator da proposta de novo marco fiscal, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), disse esperar que o descontentamento de parlamentares com a articulação política do governo não contamine a tramitação da proposta.

Ele também reiterou que fará mudanças de redação em seu parecer para tornar mais claros alguns pontos do texto, como a ausência de prejuízos ao Fundeb. Mas negou que haverá qualquer alteração que afrouxe o marco fiscal.

Destaques da B3

A Suzano (SUZB3) avançou 1,51%, após informar que vai elevar o preço da celulose fibra curta em US$ 30 dólares a tonelada para todos os mercados asiáticos a partir de junho.

A ação da São Martinho (SMTO3) teve avanço de 0,31% após o Credit Suisse elevar o preço-alvo de São Martinho de R$ 24 para R$ 47.

A Vale (VALE3) caiu 2,26% em meio a uma nova queda nos contratos futuros do minério de ferro na Ásia após o rali da semana passada, com o aumento do pessimismo sobre as perspectivas de demanda na China.

O papel da XP INC (XPBR31) encerrou em queda de 0,81%. Analistas do BTG Pactual melhoraram suas previsões para a plataforma de investimentos após o resultado do primeiro trimestre, elevando o preço-alvo das ações de US$ 14 para US$ 20 dólares.

Bolsas mundiais

Wall Street

As ações de Wall Street fecharam em forte queda nesta terça-feira e os rendimentos dos Treasuries de curto prazo dispararam.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu  1,12%, para 4.145,82 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 1,26%, para 12.560,25 pontos. O Dow Jones caiu 0,69%, para 33.058,17 pontos.

Europa

As ações europeias caíram nesta terça-feira, pressionadas por perdas em empresas de luxo e dados fracos do banco suíço Julius Baer.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,60%, a 466,10 pontos, maior queda percentual diária em três semanas.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,10%, a 7.762,95 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,44%, a 16.152,86 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,33%, a 7.378,71 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,50%, a 27.174,97 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,41%, a 9.267,00 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,35%, a 6.015,90 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações chinesas tiveram a maior queda percentual diária em um mês nesta terça-feira, com os participantes do mercado ainda preocupados com a desaceleração da recuperação econômica do país, enquanto o enfraquecimento do iuan e os riscos geopolíticos também mantinham o sentimento do investidor frágil.

“Os mercados financeiros estão perdendo a fé na recuperação econômica da China”, disse em nota Wei He, economista da Gavekal Dragonomics, já que dados da semana passada mostraram que a produção industrial de abril e o crescimento das vendas no varejo ficaram abaixo das previsões, sugerindo que a economia está perdendo força.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,42%, a 30.957 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,25%, a 19.431 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,52%, a 3.246 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,41%, a 3.913 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,41%, a 2.567 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,04%, a 16.188 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,22%, a 3.218 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,05%, a 7.259 pontos.

*Com informações da Reuters.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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