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Finanças

Ibovespa desaba 2,28% após taxação de dividendos e fim de juros sobre capital

Mudanças no imposto de renda não agradaram investidores; dólar encerrou quase estável.

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Homem passa em frente a painel eletrônico com cotações do mercado financeiro. 3/1/2020. REUTERS/Francis Mascarenhas

O Ibovespa, principal índice da B3, ampliou a queda registrada mais cedo após o plenário da Câmara dos Deputados aprovar, em votação da proposta de reforma de Imposto de Renda, um destaque que reduz de 20% para 15% a tributação dos lucros e dividendos, e desabou no fim do pregão. Já o dólar encerrou praticamente estável.

O Ibovespa caiu 2,28%, aos 116.677 pontos, bem próximo a mínima do dia em 116.534. Já o dólar recuou 0,02%, comercializado a R$ 5,1837, na mínima do dia chegou a ficar em R$ 5,14.

Em votação da proposta de reforma de Imposto de Renda, o plenário da Câmara aprovou na tarde desta quinta um destaque que reduz de 20% para 15% a tributação de lucros e dividendos.

A Câmara dos Deputados aprovou o texto que altera as regras do Imposto de Renda (IR) na noite desta quarta-feira (1º). A mudança se aplica tanto a pessoas físicas quanto a empresas. Apenas uma das 26 sugestões de alteração do texto-base foi aprovada, prevendo a redução da alíquota do imposto sobre dividendos de 20% para 15%.

Em seguida, a reforma segue para votação no Senado, o que significa que o projeto ainda pode sofrer mudanças importantes.

O placar da votação foi de 398 votos a favor e 77 votos contra. Segundo o relator, o deputado Celso Sabino (PSDB-PA), apesar da redução de impostos, não haverá queda na arrecadação dos estados e municípios, já que outros mecanismos de compensação estão previstos no projeto.

De olho no Fed

A política monetária dos Estados Unidos também seguiu no radar dos investidores. Desde que Jerome Powell, chefe do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, evitou na sexta-feira passada oferecer sinais claros sobre quando a instituição começará a cortar suas enormes compras de títulos, a moeda norte-americana tem perdido terreno globalmente.

Agora, “investidores deverão seguir acompanhando dados de atividade nos EUA enquanto buscam prever os impactos da variante delta na atividade global, além de avaliar como isso afeta o cronograma para o início do ‘tapering’ (redução de estímulos) pelo Federal Reserve”, disse em nota Rafael Gabriel Pacheco, da Guide Investimentos.

Destaques da bolsa

A estreante Vittia (VITT3) subiu forte no pregão desta quinta, assim como a Ocean Pact (OPC3) que anunciou contratos com a Petrobras (PETR3, PETR4).

Bolsas mundiais

Wall Street

O índice S&P 500 atingiu uma máxima recorde nesta quinta, impulsionado por ganhos em empresas de tecnologia e energia e pela expectativa de que o Fed vai manter sua política monetária expansionista em meio a sinais de que a recuperação econômica está desacelerando.

O índice Dow Jones subiu 0,37%, a 35.443 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,28%, a 4.536 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,14%, a 15.331 pontos.

Europa

As ações europeias fecharam em alta nesta quinta, com expectativas de melhora do crescimento econômico apoiando papéis de empresas do setor de petróleo, enquanto a farmacêutica Swedish Orphan Biovitrum (SOBI) teve o melhor desempenho no STOXX 600 depois de aceitar uma oferta de aquisição de US$ 8 bilhões.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,20%, a 7.163,90 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,10%, a 15.840,59 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,07%, a 6.763,08 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,20%, a 26.233,38 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,11%, a 8.981,40 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,60%, a 5.505,55 pontos.

Ásia e Pacífico

O índice de ações de Xangai fechou em alta nesta quinta-feira, enquanto as blue-chips chinesas ficaram inalteradas, já que os investidores esperam que dados econômicos fracos levem Pequim a adotar novas medidas de apoio.

É provável que a China acelere os gastos fiscais e o crescimento do crédito à medida que sua recuperação econômica desacelera, mas os investidores esperam que qualquer medida de afrouxamento de Pequim seja bem direcionada, à medida que o Federal Reserve se prepara para reduzir seu próprio estímulo.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,33%, a 28.543 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,24%, a 26.090 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,84%, a 3.597 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, ficou estável, a 4.869 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,97%, a 3.175 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,88%, a 17.319 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,03%, a 3.088 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,55%, a 7.485 pontos.

(*Com informações de Reuters)

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