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Finanças

Ibovespa engata 5ª alta seguida, aos 110 mil pontos; dólar cai

Mercado repercutiu falas do chefe do Federal Reserve, banco central dos EUA, e dados da inflação no Brasil.

O Ibovespa fechou no azul pelo 5º pregão consecutivo nesta terça-feira (10), em meio a um ambiente favorável a ativos de risco – com avanço em Wall Street e alta de commodities, além de alívio na curva de juros do Brasil – e níveis de preços considerados atrativos por investidores. O dólar, por sua vez, encerrou em queda.

O dia foi marcado pelo discurso de Jerome Powell, chefe do Federal Reserve (Fed), e pela divulgação de dados acima do esperado da inflação no Brasil em 2022. Mercado também ficou atento aos desdobramentos dos ataques de vandalismo em Brasília no fim de semana.

Neste pregão, o Ibovespa subiu 1,55%, aos 110.816 pontos. Já o dólar caiu 1,05% frente ao real, a R$ 5,2020.

Cenário externo

Em discurso, Powell não falou sobre cenário econômico ou política monetária dos Estados Unidos, apenas defendeu que o banco central norte-americano precisa de independência para combater inflação.

“Todas as expectativas do dia estavam focadas em Powell. Mas na fala dele, Powell não comentou nada sobre os próximos passos em relação a política monetária americana. Depois dessa fala, vimos uma diminuição de risco por parte das bolsas globais”, comenta Apolo Duarte, sócio e head da mesa de renda variável da AVG Capital.

“Após essa fala, começamos a ver a bolsa engrenando uma alta, um pouco mais forte do que em outras economias globais, inclusive, com a queda dos juros futuros.”

O Fed elevou sua taxa básica em 4,25 ponto percentual no ano passado, no ciclo de aperto mais agressivo em décadas, mas recentemente diminuiu a magnitude de seus ajustes na política monetária para alta de juro de 0,50 ponto percentual, contra incrementos anteriores de 0,75 ponto percentual.

Cenário interno

Apesar dos receios em relação à reação dos investidores com os atos antidemocráticos de domingo (8), o mercado presenciou no dia anterior a queda do CDS do Risco-Brasil, arrefecimento dos contratos de juros futuros e o Ibovespa encerrando a segunda-feira (9) com uma alta de 0,15% aos 109.129,57 pontos.

Nesta terça-feira (10), o destaque da agenda econômica doméstica é a divulgação da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice subiu 0,62% em dezembro, percentual este acima dos 0,41% registrados nem novembro. A inflação acumulada em 2022 foi de 5,79%.

A alta de dezembro vem acima das projeções da Anbima que indicavam uma alta de 0,45%.

Segundo Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, “a abertura do IPCA só não foi pior porque a sazonalidade joga contra, já que a época de fim de ano é de inflação elevada”.

Mesmo assim, o analista não vê motivos para alterar a projeção de IPCA de 2023. “Esperamos alta de 5,50%, sem considerar o retorno dos impostos sobre combustíveis”.

Destaques

Investimento bilionário da CPFL Energia

A CPFL Energia (CPFE3) disse que o conselho de administração aprovou um programa de investimentos de R$ 25,4 bilhões para o período 2023-2027.

Segundo a empresa, serão investidos cerca de R$ 20,6 bilhões no setor de distribuição de energia, R$ 3,18 bilhões em transmissão, R$ 1,2 bilhão em geração e R$ 412 milhões em comercialização e serviços.

No dia, a ação caiu 1,28%, negociada em R$ 31,74.

Petrobras reduz preço de gás natural

Petrobras (PETR3 e PETR4) anunciou nesta terça-feira que os preços de venda de gás natural a distribuidoras terão redução de 11,1%, em média, a partir de 1º de fevereiro, em relação aos preços praticados no trimestre novembro-dezembro-janeiro.

Segundo a Petrobras, o petróleo teve queda de 11,9%, e o câmbio teve depreciação de 0,2%.

No dia, a ação preferencial (PETR4) subiu 0,92%, negociada em R$ 24,09. A ação ordinária (PETR3) teve alta de 0,59%, negociada em R$ 27,25.

Conselho do GPA aprova proposta de redução do capital social

GPA (PCAR3) informou que seu conselho de administração aprovou a proposta de redução de capital – que será submetida à aprovação dos acionistas em assembleia convocada no dia 14 de fevereiro de 2023.

A redução de capital será no valor de R$ 7,12 bilhões, por meio da entrega de 1.080.556.276 ações ordinárias emitidas pelo Éxito — equivalente a 86,3% da participação do GPA no capital social.

No dia, a ação subiu 8,76%, negociada em R$ 18,37.

Diretores da BR Malls renunciam após fusão com Aliansce Sonae

A BR Malls (BRML3) informou na segunda-feira (9) que recebeu cartas de renúncia de Ruy Kameyama ao cargo de diretor-presidente, de José Vicente Coelho Duprat Avellar ao cargo de diretor operacional e de Leonardo Cid Ferreira ao cargo de diretor de desenvolvimento de negócios.

A companhia disse em fato relevante que em reunião realizada na segunda-feira (9) elegeu Rafael Sales Guimarães ao cargo de diretor-presidente da empresa para completar o mandato atualmente vigente.

No dia, a ação subiu 2,35%, negociada em R$ 8,26.

Bolsas mundiais

EUA

As ações dos Estados Unidos fecharam em alta nesta terça-feira, após o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, se abster de comentar sobre política de juros em um discurso.

Em sua primeira aparição pública no ano, Powell disse em um fórum patrocinado pelo banco central sueco que a independência do Fed é essencial para combater a inflação.

Segundo dados preliminares, o Dow Jones subiu 0,56%, para 33.705,55 pontos. O S&P 500 ganhou 0,70%, a 3.919,41 pontos. O Nasdaq avançou 1,01%, para 10.742,63 pontos.

Europa

As ações europeias caíram nesta terça-feira (10) pela primeira vez em três sessões em meio a perdas generalizado, com algumas quedas sendo compensadas após comentários de Powell, e ganhos nos papéis da farmacêutica alemã Bayer.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,59%, a 445,71 pontos, após atingir o maior nível em oito meses na sessão anterior.

Depois de um 2022 difícil, o STOXX 600 sobe quase 5% desde o início deste ano, com expectativas crescentes de que a recessão na zona do euro seja mais branda do que o esperado e os bancos centrais afrouxem sua postura agressiva de política monetária.

O Goldman Sachs disse que não espera mais uma contração na economia da zona do euro este ano.

O salto de 4,1% nas ações da Bayer ajudou a aliviar algumas quedas, depois que a farmacêutica previu que seu medicamento experimental contra coágulos sanguíneos perigosos poderia render mais de 5 bilhões de euros no pico de vendas anuais.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,39%, a 7.694,49 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,12%, a 14.774,60 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,55%, a 6.869,14 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,08%, a 25.364,61 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,20%, a 8.712,70 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,43%, a 5.952,40 pontos.

Ásia e Pacífico

Painel eletrônico com informações de bolsas em Xangai 06/01/2021 REUTERS/Aly Song

As ações da China fecharam sem direção comum nesta terça-feira, já que alguns investidores realizaram lucros diante e dúvidas sobre a sustentabilidade da recente recuperação do mercado.

O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com alta de 0,11%, enquanto o índice de Xangai caiu 0,21%, depois de subir nas seis sessões anteriores.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,78%, a 26.175 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,27%, a 21.331 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,21%, a 3.169 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,11%, a 4.017 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,05%, a 2.351 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,34%, a 14.802 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,29%, a 3.262 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,28%, a 7.131 pontos.

*Com informações da Reuters.

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