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Finanças

Ibovespa cai mais de 1% e fecha abaixo de 103 mil pontos; dólar vai a R$ 5,52

Índice passa a acumular baixa no mês de novembro.

ibovespa

O Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, a B3, fechou em forte queda nesta quarta-feira (17), enquanto o dólar avançou, em meio a crescentes apostas de aperto monetário mais cedo do que o esperado nos Estados Unidos e a incertezas sobre a saúde fiscal do Brasil.

O Ibovespa caiu 1,39%, aos 102.948 pontos. Na mínima do dia, o índice tocou 102.551 pontos (menor valor intradia desde novembro de 2020), após subir a 105.535. Com tal desempenho, passou a mostrar declínio de 0,53% no mês. 

Já o dólar subiu 0,46% no dia, negociado a R$ 5,5246.

Alexandre Almeida, economista da CM Capital Markets, apontou mais cedo à Reuters um cenário cada vez mais desafiador para o mercado de câmbio local, tanto por fatores internacionais quanto por ruídos domésticos.

De um lado, ele citou dados fortes de vendas no varejo dos Estados Unidos divulgados na terça-feira (16), que alimentaram expectativas de alta dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) já em 2022, principalmente diante da inflação elevada, o que tenderia a impulsionar o dólar globalmente.

Enquanto isso, no Brasil investidores têm mostrado preocupação cada vez maior com a saúde das contas públicas em meio à tramitação da PEC dos Precatórios no Congresso. Almeida explicou que, embora muitos participantes do mercado enxerguem a proposta como possível alívio para a incerteza fiscal doméstica, “o fato é que a questão fica mais sensível com (a inclusão dos) servidores na conta pelo presidente Jair Bolsonaro”.

Bolsonaro disse na terça-feira que a aprovação da PEC dos Precatórios abriria espaço para se conceder reajuste aos servidores públicos federais, justificando eventual aumento como resposta a um congelamento dos salários e à inflação.

A PEC dos Precatórios modifica a regra de pagamento dessas dívidas judiciais do governo e altera o prazo de correção do teto de gastos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), abrindo espaço para o pagamento de auxílio à população de pelo menos R$ 400 por família em 2022, ano eleitoral.

Em nota a clientes, o Citi disse nesta quarta-feira que enxerga incertezas à frente para a aprovação da proposta pelo Congresso, o que está “mantendo investidores distantes e impedindo o mercado de adicionar risco significativo ao Brasil neste estágio”.

O Citi disse acreditar que a aprovação da PEC em sua forma atual poderia ser suficiente para melhorar o desempenho dos preços dos ativos domésticos.

Além de ruídos fiscais, Almeida, da CM Capital, citou a aproximação de eleições provavelmente polarizadas, sinais crescentes de desaceleração econômica no Brasil e uma inflação pressionada como empecilhos para o desempenho do real.

Destaques da bolsa

Pela tarde, os papéis da Eletrobras ( ELET3 e ELET6) recuaram após a empresa reportar seu balanço referente ao terceiro trimestre. Já o papel da Méliuz (CASH3), que seguia com viés negativo em meio à divulgação dos resultados financeiros, virou e liderou as altas do Ibovespa. Veja mais destaques da bolsa de valores.

Bolsas Mundiais

Wall Street

Os índices de referência de Wall Street terminaram esta quarta-feira em baixa, devido a temores da inflação e a preocupações com a cadeia de suprimentos infladas pelos lucros de varejistas, com investidores apostando que o banco central norte-americano aumentará as taxas de juros mais cedo do que o esperado para controlar a alta dos preços.

O índice Dow Jones caiu 0,58%, a 35.931 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,260163%, a 4.689 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,33%, a 15.922 pontos.

Europa

As ações europeias fecharam em máxima recorde nesta quarta-feira, subindo pela sexta sessão seguida, uma vez que alguns balanços corporativos positivos ajudaram a ofuscar as preocupações de que o salto nos preços do gás natural está alimentando as pressões inflacionárias.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,49%, a 7.291 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,02%, a 16.251 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,06%, a 7.156 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,07%, a 27.824 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,52%, a 8.993 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,38%, a 5.675 pontos.

Ásia e Pacífico

O mercado acionário da China fechou em alta nesta quarta-feira, liderado pelas ações de metais não ferrosos e de nova energia. Um juiz dos Estados Unidos que analisa questões comerciais derrubou na terça-feira uma decisão do então presidente Donald Trump de permitir a reimposição de tarifas sobre alguns painéis solares importados.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,40%, a 29.688 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,25%, a 25.650 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,44%, a 3.537 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,05%, a 4.885 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 1,16%, a 2.962 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,40%, a 17.764 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,19%, a 3.232 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,68%, a 7.369 pontos.

(* Com informações da Reuters)

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