O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em alta nesta segunda-feira (7) e atingindo recorde histórico. Com o 8º pregão seguido de alta, o indicador marcou a maior série de ganhos desde 2018. Já o dólar fechou perto da estabilidade.
O Ibovespa subiu 0,5%, aos 130.776 pontos. Na máxima do dia, chegou a 131.190 pontos, batendo também um novo recorde intradia. Veja a cotação do Ibovespa hoje. O dólar subiu 0,02%, a R$ 5,0349. Na mínima do diahegou a R$ 5,0184. Especialistas apontam que o dólar pode cair abaixo de R$ 5 num curto prazo.
Mais cedo, refletindo ajustes e tendo de pano de fundo a queda de preços de commodities como o minério de ferro e o petróleo e a hesitação em Wall Street, o Ibovespa chegou a ceder a 129.498,16 pontos. Mas no começo da tarde já se firmou no azul.
“O Ibovespa segue com sua tendência de alta principal”, disse o analista da Clear Corretora, Rafael Ribeiro, chamando atenção para o desempenho de bancos, que ele cita como principal porta de entrada de estrangeiros na bolsa dada a ampla liquidez.
Dados da B3 (B3SA3) respaldam tal percepção, com o saldo de capital externo positivo em R$ 3,9 bilhões no segmento Bovespa nos dois primeiros pregões deste mês, após entrada líquida de R$ 12,2 bilhões em maio.
Na visão do chefe de renda variável da Vero Investimentos, Alexandre Jung, embora o novo recorde demonstre apetite de investidores por vários setores, a performance dos bancos respondeu por forte impulso na sessão.
“Nas últimas semanas, os bancos têm demonstrado bastante força”, observou, atribuindo tal movimento a dados sobre retomada da economia, aumento de crédito, mas também porque esses papéis ficaram subprecificados na crise.
Da pauta macroeconômica, pesquisa Focus mostrou forte revisão nas projeções para o PIB em 2021 após a divulgação na semana passada de dados melhores do que o esperado sobre atividade econômica, com a mediana das projeções agora apontando alta de 4,36%.
Além disso, o mercado financeiro elevou pela nona semana consecutiva sua estimativa para a inflação no Brasil em 2021. A estimativa dos economistas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,31% para 5,44%, acima do teto da meta.
Destaques da bolsa
ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) teve alta de 2,35%, a R$ 33,04, chegando a R$ 33,18 na máxima, maior nível intradia desde fevereiro de 2020. O Banco Central apontou que a pandemia derrubou a rentabilidade dos bancos em 2020 ao menor patamar em pelo menos dez anos, mas que a perspectiva é de melhora este ano. BRADESCO PN (BBDC4) subiu 1,25%. BANCO DO BRASIL (BBAS3) ganhou 2,15%.
PETROBRAS PN (PETR4) caiu 0,74%, em sessão de fraqueza dos preços do petróleo no exterior, com PETROBRAS ON (PETR3) perdendo 0,73%.
VALE (VALE3) recuou 0,97%, conforme os preços do minério de ferro na China recuaram nesta segunda-feira, após dados comerciais chineses moderados e menores margens de lucros em siderúrgicas terem reduzido o entusiasmo do mercado sobre as perspectivas de demanda. No setor de mineração e siderurgia do Ibovespa, o pior desempenho foi de CSN (CSNA3), que terminou em baixa de 2,96%.
AZUL (AZUL4) avançou 5,57%, com analistas do Bradesco BBI elevando recomendação para “outperform” e avaliando que possíveis fusões e aquisições envolvendo a companhia podem reescrever a história do setor aéreo brasileiro.
GOL (GOLL4) subiu 3,93%, após mostrar melhora na demanda em maio, bem como concluir processo de seleção de relação de troca em reorganização da Smiles.
Bolsas mundiais
Wall Street
O índice S&P 500 encerrou em queda nominal em uma sessão moderada nesta segunda-feira, com os investidores aguardando as notícias acerca de um imposto corporativo mínimo global, temores persistentes inflacionários e uma falta de catalisadores para mover o mercado.
- O Dow Jones caiu 0,36%, para 34.630,24 pontos
- S&P 500 perdeu 0,08%, aos 4.226,52 pontos
- Já o Nasdaq valorizou-se 0,49%, aos 13.881,72 pontos
Europa
As ações europeias atingiram máximas históricas nesta segunda-feira, com outra série de ganhos com as montadoras mais do que compensando perdas nas ações vinculadas a commodities provocadas por dados desfavoráveis de exportação da China.
- Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,12%, a 7.077,22 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,10%, a 15.677,15 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,43%, a 6.543,56 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,99%, a 25.824,71 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,83%, a 9.163,60 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,05%, a 5.139,59 pontos.
Ásia e Pacífico
Já os principais índices acionários da China fecharam mistos, com os investidores reagindo aos mais recentes dados comerciais do país.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,27%, a 29.019 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,45%, a 28.787 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,21%, a 3.599 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,09%, a 5.277 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,37%, a 3.252 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,37%, a 17.083 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,79%, a 3.175 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,19%, a 7.281 pontos.
(*Com informações de Reuters)