*ARTIGO
Fazendo sua primeira aparição pública como candidato à presidência na última sexta-feira (19), Robert F. Kennedy Jr. anunciou seu apoio ao bitcoin (BTC).
Em discurso na Miami Bitcoin Conference 2023, Kennedy compartilhou suas próprias experiências com a criptomoeda e trouxe avisos sobre como a tecnologia está possibilitando combater o totalitarismo governamental.
O candidato foi convidado a aparecer no evento após suas declarações extremamente positivas sobre o BTC. No palco, Kennedy reforçou sua aversão a esses regulamentos e descreveu os passos que seu governo pretende tomar para fazer a inovação do bitcoin ganhar força nos EUA.
O sobrinho do 35º Presidente dos EUA. John F. Kennedy, que emergiu como um defensor vocal da indústria de ativos digitais, também fez questão de pontuar diversas vezes em seu discurso que o BTC é um símbolo “de democracia e liberdade” — totalmente distinto do sistema e controle estatal em vigor.
“Como presidente, garantirei a inviolabilidade do seu direito de manter e usar bitcoin […] Sou um fervoroso defensor e defensor das liberdades civis ao longo da vida e o bitcoin é um exercício e uma garantia dessas liberdades.”, ressaltou.
Reforçando sua crença no bitcoin, o democrata marcou seu nome na história ao anunciar que aceitaria doações em BTC para financiar sua campanha eleitoral.
Com o feito, Kennedy se tornou o primeiro candidato presidencial na história dos Estados Unidos a aceitar recursos de campanhas na criptomoeda, atitude que o fez ganhar apoio — e possíveis votos — e muitos entusiastas da tecnologia.
Kennedy: bitcoin, sim, CBDCs e tirania polícia, não
Kennedy expressou publicamente seu apoio ao bitcoin semanas atrás. Em um tweet, ele pontuou que é um erro do governo americano prejudicar a indústria das criptomoedas. “O imposto de 30% proposto por [Joe] Biden sobre a mineração de moedas digitais é uma má ideia”, completou o candidato.
Em particular, Kennedy se opõe à chegada da CBDC do governo americano. Ele afirma que o ativo digital emitido pelo Federal Reserve (Fed) é uma guerra contra as criptomoedas, e declara que a implementação da moeda digital pode provocar escravidão financeira e tirania política.
Ao ter por base a tecnologia centralizada implementada, o democrata está ciente que com a CBDC o banco central terá o poder de impor limites de dólar em nossas transações, restringindo onde e como os americanos podem gastar dinheiro — ou seja, o oposto do que o bitcoin oferece e que ele acredita ser o politicamente correto.
E mais: além do Fed poder limitar — ou até mesmo restringir — transações interbancárias com as CBDCs quando quiser, mas não se pode ignorar o óbvio perigo de que este é o primeiro passo para proibir e apreender bitcoin em corretoras (exchanges), como o tesouro norte americano fez com ouro há 90 anos.
Início de uma nova era
No cenário atual, à medida que as criptomoedas ganham destaque ao redor do mundo, é interessante observar o crescente interesse de figuras políticas em explorar o potencial das criptos, além de esforços para conquistar o apoio dos adeptos à tecnologia.
O posicionamento de Kennedy, por exemplo, traz reflexões sobre o futuro do seu envolvimento com o mercado de criptomoedas, bem como suas possíveis implicações e consequências. Contudo, já evidencia a transformação significativa no panorama político e econômico que o bitcoin está causando.
Por fim, na era massiva da manipulação e repreensão da liberdade, Kennedy sabe que o maior e mais importante no horizonte para trazer de volta o poder à população é o bitcoin, um ativo verdadeiramente descentralizado e privado.
*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.
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