Em meio ao colapso de diversas criptomoedas nos últimos meses, o bitcoin (BTC) foi o pior investimento do primeiro semestre de 2022, com retorno negativo de mais de 60%. Em um período marcado por alta de juros em diversos países pelo mundo, outros investimentos de renda variável, como BDRs, o Ibovespa e fundos imobiliários, também encerraram a primeira metade do ano com prejuízo.

É o que revela um levantamento elaborado por Einar Rivero com apoio dos dados da plataforma TC/Economatica.

Segundo o estudo, na ponta positiva da lista ficou o IHFA (Índice de hedge hunds ANBIMA), com retorno positivo de 8,48% no semestre. No Brasil, os fundos de hedge se assemelham aos fundos multimercado de gestão ativa, com aplicações em diversos segmentos do mercado e várias estratégias de investimento.

Em meio à alta a taxa Selic para conter a inflação elevada, o semestre foi marcado por retorno positivo dos investimentos em renda fixa. O Certificado de Depósito Interbancário ou Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) ficou com o segundo melhor desempenho da lista, com retorno positivo de 5,36%. Esse indicador é utilizado como parâmetro de rentabilidade para investimentos como o Certificado de Depósito Bancário (CDB).

Também tiveram rentabilidade positiva, com 4%, os títulos atrelados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A poupança também teve retorno positivo, com 3,58%. As rentabilidades, no entanto, ficaram abaixo da inflação, o que significa perda de poder aquisitivo para o investidor. Até maio, o IPCA acumulava alta de 4,78%.

Veja abaixo a lista dos piores e melhores investimentos de 2022, até o 1º semestre *

Investimento Retorno no 1º semestre de 2022 (em %)
Ihfa (Índice de fundos de Hedge da
ANBIMA)
8,48
CDI 5,36
Ima-B (Índice que mede o desempenho dos
Títulos Públicos atrelados à inflação)
4,06
Poupança 3,58
Fundos Imobiliários -0,33
Ibovespa -5,99
Dólar -6,14
Ouro -9,03
Euro -13,24
BDRs -27,61
Bitcoin -60,39

* Fonte: Einar Rivero/TC/Economatica.