Cenário global: após uma semana agitada, nesta sexta-feira a agenda de indicadores econômicos aqui e no exterior não possuem nada relevante e que possam impactar as bolsas no decorrer do pregão. Porém, o mercado ainda digere o posicionamento mais duro dos bancos centrais dos EUA e do Brasil. O movimento de rotação dos ativos de risco continua, com investidores trocando a tese do crescimento pela proteção contra a inflação em ativos de menor risco e com taxas mais convidativas, porém o cenário global permanece construtivo para a retomada econômica no segundo semestre e apesar das recentes correções, as principais bolsas permanecem próximas do seu topo histórico.
Os índices futuros das bolsas de NY operam com leve baixa, com excessão da bolsa eletrônica Nasdaq que avança em meio a sinalização de que o Fed será menos tolerante com o superaquecimento da economia norte-americana, o que favorece as empresas de tecnologia. O juro do título de 10 anos (T-note) está bem acomodado e negocia abaixo de 1,5%, com a redução das expectativas de inflação elevada no longo prazo. As bolsas operam em baixa na Europa, refletindo dados econômicos salgados, divulgados hoje. Na Alemanha, o PPI subiu 1,5% em maio, com alta anual de 7,2%. E, no Reino Unido, as vendas no varejo caíram 1,4% em maio ante abril, quando o consenso era de alta de 1,6%.
Ásia: na China Continental, índice Xangai Composto fechou estável (-0,01%), aos 3.525,10 pontos; Tóquio, Nikkei caiu 0,19%, aos 28.964,08 pontos; Hong Kong, Hang Seng subiu 0,85%, aos 28.801,27 pontos; em Seul, Kospi ficou estável (+0,09%), a 3.267,93 pontos; Europa: índice Stoxx 600 cai 0,21%, aos 458,36 pontos; Bolsa de Frankfurt recua 0,33%, Londres -0,56%, Paris +0,06% e Madri -0,81%; NY/Pré-mercado: futuro de Dow Jones cai 0,07%, S&P 500 -0,06% e Nasdaq +0,15%; Petróleo: Brent para agosto cai 0,75%, para US$ 72,53 o barril; WTI para julho recua 0,53%, cotado a US$ 70,66 o barril; Ouro para julho sobe 0,97%, para US$ 1.791,10 a onça-troy; Minério de ferro fecha em queda de 0,87% em Qingdao, cotado a US$ 218,90 a tonelada.
Brasil: o julgamento da autonomia do BC, que começou no plenário virtual do STF à meia-noite, não parece representar risco e tudo indica que o parecer deve ser favorável à manutenção da lei de autonomia. Na bolsa, em dia de exercício de opções na B3 que pode trazer picos de volatilidade, teremos ainda repercussão do follow on da Petrobras na BR Distribuidora, no qual será vendida uma fatia de 37,5% de ações da companhia, dando mais liquidez para a BR Distribuidora e pode levantar R$ 11,5 bilhões para a Petrobras. Além disso, o destaque agora é o salto dos ADRs da Eletrobras em NY, após a vitória na MP da privatização no Senado.
Ibovespa: absorvendo as projeções para subida de juros no Brasil e nos EUA, o índice Bovespa fechou mais próximo da mínima aos 128.057,22 pontos, com volume forte de R $ 37,8 bilhões, o índice caiu 0,93%. Os bancos, que seguraram o sinal positivo no início do pregão, pioraram com o ajuste e notícia de processo de R $ 20 bilhões de exportadores contra 19 instituições e os ativos ligados às commodities sentiram a alta do dólar no mercado internacional (DXY + 0,89%), para o qual migraram os investimentos.
O IBOV segue em tendência de alta no curto e longo prazo e sem resistências pela frente, porém sinais de uma possível correção foram dados, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos.
| Indicadores: |
| Alemanha/Destatis: índice de preços ao produtor (PPI) de maio (3h) |
| BC faz leilão de até 15 mil contratos de swap (US$ 750 milhões), em rolagem (11h30) |
| EUA/Baker Hughes: poços de petróleo em operação (14h) |
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