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Finanças

No ano, BDRs seguem com retorno acima de índices de ações brasileiras

Já o bitcoin teve o pior retorno em julho, mas ainda segue como melhor investimento em 2023 até agora.

O BDRX, índice que acompanha o desempenho dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts), segue se destacando entre as maiores rentabilidades de 2023, com alta de mais de 17% até agora – atrás apenas da disparada de 58% do bitcoin. O desempenho em julho, no entanto, foi de 2,13% – ainda entre os melhores investimentos, mas atrás de índices de ações negociadas na bolsa brasileira, como Ibovespa, Small Caps e Idiv.

O levantamento foi feito pelo TradeMap, e mostra que os BDRs também têm desempenho positivo no acumulado em 12 meses, com 8,57%. 

Apesar da alta, especialistas apontam que há sinais de alerta para o investimento nesse tipo de papel. Em relatório divulgado no dia 20 deste mês, analistas do Itaú BBA apontaram que o investidor precisa ficar atento aos setores antes de selecionar os papéis

“Apesar deste cenário positivo para as BDRs, ainda enxergamos os movimentos de alta nas ações americanas concentrados no setor de tecnologia.”

Itaú BBA, em relatório

Nesse cenário, os analistas da casa recomendam em sua carteira de BDRs os seguintes papéis: Amazon (AMZO34), Berkshire Hathaway (BERK34), Nubank (NUBR33), Microsoft (MSFT34) e Chevron (CHVX34).

Índices de ações brasileiras

Depois dos BDRs, o índice de Small Caps tiveram a maior rentabilidade no acumulado do ano até julho, com 16,8%, seguido pelo avanço de 12,41% do Idiv, que acompanha o desempenho de ações de empresas consideradas boas pagadoras de dividendos. 

Já o Ibovespa acumula alta de 11,13% no ano, atrás dos 11,51% do Ifix, que segue a rentabilidade dos fundos imobiliários.

O IHFA, referência para a indústria de hedge funds, também tem desempenho positivo no acumulado do ano, mas abaixo de indicadores atrelados aos investimentos em renda fixa, como o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e o IMA Geral, que acompanha o retorno dos títulos públicos, como os papéis do Tesouro Direto.

Volatilidade do bitcoin

O levantamento do TradeMap também mostra que, apesar de estar na liderança dos maiores investimentos em 2023 até agora, com alta acumulada em mais de 58%, o bitcoin (BTC) foi o pior investimento de julho, com queda de 4,4%. 

Ricardo Pegnoratto, especialista em criptomoedas da Top Gain, comenta que a volatilidade da da criptomoeda tem relação com o Halving – programação que reduz a quantidade de moedas em circulação e acaba balizando estratégias de investidores – especialmente os grandes – e impactando as cotações.

Bitcoin, criptomoeda. Fonte: Unsplash.

“Junto a esse contexto, temos as questões macroeconômicas, que cada vez mais têm favorecido o bitcoin e o ecossistema das criptomoedas escassas e descentralizadas”, acrescenta Pegnoratto.

“Este ano, alguns outros movimentos positivos têm impulsionado o mercado, como a derrota da SEC no processo contra a Ripple, os pedidos iniciais de ETFs por parte dos maiores players como Black Rock, Fidelity e outros”, comenta ainda. 

“Podemos esperar para os próximos meses uma continuação de alta porque, apesar do fechamento negativo no mês de julho, historicamente junho e julho sempre se mostram antagônicos no mercado do bitcoin, mas no contexto anual seguimos em tendência de alta”, 

Ricardo Pegnoratto, especialista em criptomoedas da Top Gain

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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