Escalada na taxa de juros, alta nos preços dos insumos de construção, pandemia, lockdowns. Este foi o cenário turbulento que os fundos imobiliários de tijolo. Estes FIIs, que em sua composição englobam ativos físicos, como, lajes corporativas e shoppings, foram deixados de lado pelo mercado que preferiu ativos considerados mais defensivos para a carteira.
Apesar de o cenário ter se recuperado para uns, essa classe de fundos imobiliários continua com os preços negociados em bolsa descontados. A recuperação vista em muitos setores não foi repassada para essa categoria de ativos listados, e prova é que quando analisada a evolução dos preços na construção civil (através do INCC), fica claro em como a alta das commodities impactou os preços, com o índice subindo 43% de 2018 até o primeiro semestre deste ano. E o detalhe que faz toda diferença, é: essa alta não foi repassada para o valor de mercado dos imóveis, o que gera distorção para o custo de reposição dos fundos imobiliários de tijolo.
Apesar dos reveses no setor, analistas estão chamando a atenção para o desconto nas cotas de muitos fundos imobiliários, o que amplia a possibilidade de ganhos no médio e longo prazo. Logo, há otimismo com os FIIs de tijolo. Segundo levantamento da Guide Investimentos, os fundos de escritórios estão sendo negociados, em média, a 72% do valor patrimonial do fundo. O que representa um desconto de 28%. Já fundos de logística e shoppings também negociam abaixo do valor patrimonial: -16% e -21% consecutivamente.
Considerando portfólios, diversificação de carteira, desconto nas cotas e bons fundamentos, analistas da Guide Investimentos escolheram os top picks fundos de tijolo. São dois fundos de shoppings, (VISC11 e XPML11); três fundos de galpões logístico (BRCO11, BTLG11 E GALG11); e três fundos de lajes corporativas (PVBI11, TEPP11 e RBRP11).
Veja neste Cafeína, a análise do cenário para os fundos de tijolo, o que esperar deles e entrevista com o analista Caio Ventura – responsável pela escolha dos FIIs recomendados pela Guide.
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